O Mel Gibson parece ter abraçado de vez os filmes de ação. Azar dos críticos ranhetas, sorte dos fãs desse gênero, digamos assim, tão peculiar. O velho Gibson está tão à vontade nesse tipo de produção que esse Get the Gringo, aqui no Brasil chamado de Plano de Fuga, conquista facilmente os ávidos por um filme de ação mais old school.
Dessa vez, o eterno Mad Max interpreta um criminoso que, ao ser preso no México, é enviado para um presídio barra pesada, que é mais um desses antros em que até o detento mais inofensivo é capaz de deixar o pior psicopata parecendo a Barbie.
Dentro desse inferno, o personagem de Gibson (chamado apenas de Driver) deve ser tão fodão quanto os seus colegas enjaulados, e para isso, o cara não mede esforços, inclusive realizando um engenhoso esquema para fugir do local. Mérito para o corajoso roteiro, que escapa do já saturado argumento do vilão que busca por uma redenção.
A direção ficou por conta do novato Adrian Grunberg, que já nesse trabalho de estreia conquistou minha simpatia ao ignorar um vício tão comum nas atuais produções do gênero: a câmera tremida. O trabalho do diretor é feito com esmero e permite que o espectador compreenda os movimentos das cenas de luta e dos tiroteios. A fotografia também é uma das qualidades e consegue passar o clima sujo, claustrofóbico e quente do pardieiro em que Driver está enfurnado.
Além de um humor que facilmente ultrapassa a tênue linha do politicamente incorreto, vale destacar a atuação do ator mirim Kevin Hernandez, que funciona muito mais do que um habitual sidekick do protagonista.
Recomendado para: os fãs do mais puro e simples filme de ação.
Título: Plano de Fuga
Diretor: Adrian Grunberg
Ano de lançamento: 2012
Tempo de duração: 95 minutos
Gênero: ação
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