Desconhecida até por muitos daqueles que apreciam Metal e as suas mais variadas adjacências, a banda britânica Skyclad é considerada uma das precursoras do dito folk metal, pois traz em seus arranjos elementos da música tradicional celta aliados ao heavy metal. Imagine uma mistura de riffs violentos, vocais berrados, bateria que parece martelada nos tímpanos, violinos singelos, flautas e gaitas de fole. Pois é, isso é o Skyclad.
A banda surgiu em 1990. Em 1996 lançaram esse The Silent Whales of Lunar, o quinto álbum de estúdio.
A faixa de abertura, Still Spinning Shrapnel, por exemplo, com guitarra e violino que conduzem versos que criticam essa mania que os seres humanos possuem de viverem em guerra, é uma típica música do Skyclad e já dá ao ouvinte o que virá pela frente.
Just What Nobody Wanted, por sua vez, mantém o peso da faixa anterior, mas com trechos mais cadenciados e espaço até para teclados. A letra, com um tom pessimista e ao mesmo tempo irônico, poderia estar em qualquer diálogo do Woody Allen.
Já a excelente música Art-Nazi, que se não fosse pelos violinos, poderia estar em um álbum do Metallica, possui uma letra carregada de uma ironia fina que ataca autoridades e ditadores. O mesmo vale para a canção Jeopardy.
Stranger in the Garden já é o momento “sério” do álbum. A canção possui uma introdução que faz o ouvinte pensar que está em um mosteiro budista, ainda mais com um arranjo que destaca teclados, flautas e dá espaço para os riffs apenas no refrão. É uma das mais interessantes do álbum.
Halo of flies, Turncoat Rebellion, Desperanto, The Present Imperfect, Dance of the Dandy Hound completam o álbum que, se não for o melhor do Skyclad, é ao menos muito bom.
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