Sem Retorno (2015)



O nome do Ryan Reynolds encontra-se em alta devido ao assombroso sucesso do filme "Deadpool", que por um tempo pareceu que ia ser daqueles filmes que passa anos em planejamento, com os envolvidos deixando declarações internet afora do seu alto grau de envolvimento com o projeto, mas que no fim das contas ou não saía do papel, ou era só mais do mesmo.
Só que dessa vez o Lanterna Verde apostou no cavalo certo, e por isso até produções que aparentemente são filmadas diretamente pro mercado dos torrents que nem esse "Self Less" passam a ter maior visibilidade.
O difícil é acreditar que esse não seja só mais um dos filmes do ator, que vem tentando há tempos emplacar algo que não sejam as comédias românticas.



Dirigido pelo Tarsem Singh, o filme conta com a integridade que Ben Kingsley consegue passar pra qualquer papel, mesmo quando interpretou um ator fracassado e constantemente chapado fingindo querer conquistar o mundo.
O primeiro ato, ainda que pasteurizado e insosso, é protagonizado pelo célebre ator, que pelo menos não é só um ator de ação repetindo o jogral de suas falas.

Mas ainda assim o trabalho é de difícil digestão e pior ainda credibilidade, mesmo que o aspecto científico seja bastante fácil de entender.
E se durante o protagonismo de Kingsley as coisas já não são muito interessantes, quando Ryan Reynolds passa à função fica complicado sequer ficar acordado, no desenrolar de cenas e diálogos que existem principalmente pra nos lembrar que esse é um sci-fi de correria, e que o mote inicial é apenas uma desculpa rasa pra que Reynolds corra de um lado pra outro protegendo os personagens da Natalie Martinez e da Jaynee-Lynne Kinchen, enquanto Matthew Goode desempenha o papel afetado que o roteiro pede, pra ficar mais desinteressante.
Estruturalmente, com seus clichês e previsibilidade, "Self Less" é uma espécie de "Kingsman" sem a estilização e sem a criatividade pra sequências de ação que Mathew Vaughn já comprovou mais de uma vez ter no repertório.


Quando o filme termina, quem fez o que, porque, ou qualquer outro aspecto é desimportante.
Não interessa e seria ingenuidade acreditar que algum minuto sequer do filme inteiro deveria ter qualquer intensidade.
É o pastelão de sempre em que o herói se vê envolvido num conflito com uma organização secreta, defende a mocinha, e evita ser morto.
A diferença que o vincula à categoria pastelão nem é o mote em si.
É a ruindade do filme, mesmo.


Quanto vale:



Self Less. Recomendado para: indução ao sono.

Self Less
(Self Less)
Direção: Tarsem Singh
Duração: 117 minutos
Ano de produção: 2015
Gênero: Thriller/Ação/Ficção Científica

Previous
Next Post »