O
nome do Ryan
Reynolds
encontra-se em alta devido ao assombroso sucesso do filme "Deadpool",
que por um tempo pareceu que ia ser daqueles filmes que passa anos em
planejamento, com os envolvidos deixando declarações internet afora
do seu alto grau de envolvimento com o projeto, mas que no fim das
contas ou não saía do papel, ou era só mais do mesmo.
Só
que dessa vez o Lanterna Verde
apostou no cavalo certo, e por isso até produções que
aparentemente são filmadas diretamente pro mercado dos torrents que
nem esse "Self
Less"
passam a ter maior visibilidade.
O
difícil é acreditar que esse não seja só mais um dos filmes do ator,
que vem tentando há tempos emplacar algo que não sejam as comédias
românticas.
Dirigido
pelo Tarsem Singh, o filme conta com a integridade que Ben
Kingsley
consegue passar pra qualquer papel, mesmo quando interpretou um ator
fracassado e constantemente chapado fingindo querer conquistar o
mundo.
O
primeiro ato, ainda que pasteurizado e insosso, é protagonizado pelo
célebre ator, que pelo menos não é só um ator de ação repetindo
o jogral de suas falas.

E
se durante o protagonismo de Kingsley
as coisas já não são muito interessantes, quando Ryan
Reynolds
passa à função fica complicado sequer ficar acordado, no
desenrolar de cenas e diálogos que existem principalmente pra nos
lembrar que esse é um sci-fi de correria, e que o mote inicial é
apenas uma desculpa rasa pra que Reynolds corra de um lado pra outro
protegendo os personagens da Natalie Martinez e da Jaynee-Lynne Kinchen,
enquanto Matthew Goode
desempenha o papel afetado que o roteiro pede, pra ficar mais desinteressante.
Estruturalmente,
com seus clichês e previsibilidade, "Self
Less"
é uma espécie de "Kingsman"
sem a estilização e sem a criatividade pra sequências de ação
que Mathew
Vaughn
já comprovou mais de uma vez ter no repertório.
Quando
o filme termina, quem fez o que, porque, ou qualquer outro aspecto é
desimportante.
Não
interessa e seria ingenuidade acreditar que algum minuto sequer do
filme inteiro deveria ter qualquer intensidade.
É
o pastelão de sempre em que o herói se vê envolvido num conflito
com uma organização secreta, defende a mocinha, e evita ser morto.
A
diferença que o vincula à categoria pastelão nem é o mote em si.
É
a ruindade do filme, mesmo.
Self
Less.
Recomendado para: indução ao sono.
Self
Less
(Self
Less)
Direção: Tarsem Singh
Duração: 117 minutos
Ano
de produção: 2015
Gênero:
Thriller/Ação/Ficção Científica
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