Rota de Fuga - Satélite Vertebral

Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone, dois dos brucutus que ajudaram a consolidar nos anos 80 o termo herói de ação, unem forças nesse divertido Rota de Fuga. Ambos já tiveram juntos no longa-metragem Mercenários 2 mostrando músculos, fazendo caretas e esmigalhando os miolos da bandidagem. No entanto, em Mercenários a dupla tinha que dividir o palco com outros astros de ação, mas Rota de Fuga Arnoldão e o Sly estão, digamos assim, a sós. E isso deu mais tempo para os caras mostrarem porque o cinema de ação deve muito a eles.

Stallone é Ray Breslin, um sujeito muito hábil em um serviço nada convencional: infiltrar-se em presídios de segurança máxima e fugir deles com o intuito de apontar as possíveis falhas do sistema. No entanto, ele cai em uma armadilha ao se tornar detento em uma cadeia de segurança máxima de onde nada nem ninguém escapa, nem peido. Resta então ao herói se aliar a outro prisioneiro chamado Rottmayer (Schwarzenegger), para assim tentarem burlar os esquemas de segurança e encontrarem uma saída.

Nos momentos iniciais o filme mostra um Stallone mais “cerebral”, elaborando estratégias e conhecendo artefatos tecnológicos, mesmo assim, não desperdiça de mostrar os dois protagonistas saindo no braço para medir forças. Ué, se até os Vingadores brigaram entre si antes de chutarem o traseiro dos inimigos, os envelhecidos heróis de ação também podem, certo?

O único empecilho é que, mais para o final, o filme deixa de explorar esse lado espertalhão do Stallone e apela para soluções apressadas em que os protagonistas contam mais com a sorte do que com a habilidade. Felizmente esse ínfimo detalhe não prejudica o resultado geral do filme, ainda mais quando conta com a presença de um vilão interpretado por Jim Caviezel. É impressionante como o ator conseguiu desenvolver um fascínora tão filho da puta que até o mais fleumático monge budista é capaz de sentir uma inefável vontade de esmurrar o sujeito.