Desde que a Marvel tornou-se parte do Império Disney, além de várias especulações e receios por parte dos fãs da chamada Casa das Ideias, uma certeza se sobressaía: não ia demorar pra que a primeira animação Disney chegasse às telas com personagens da Marvel Comics.
Um
dos motivos de burburinho era exatamente o que trazia à mente de
muitos a chance de o estilo "musical" se tornar agora um
padrão dos herois da editora. Algo no estilo "Homem de Ferro
cantor", o que corria o risco de ser pior do que o "Homem de Ferro 3".
O
primeiro longa-metragem de animação Marvel/Disney,
no entanto, acabou sendo bem distante dos maiores temores dos fãs, e
com mais uma trupe de herois, a princípio muito pouco lembrados nas
discussões nerd, ao menos até a data do seu lançamento.
Os
que já haviam ouvido falar da equipe nos quadrinhos, ainda assim
tiveram muito pra conhecer quando assistiram "Operação
Big Hero",
que adapta e recria o super-grupo obscuro da Marvel.
Na
versão dos cinemas, o guri gênio
Hiro (dublado no original pelo Ryan Potter) é um aficionado pelas robolutas,
modalidade esportiva em que robôs batalham harmoniosamente para a
destruição alheia. Porém, após intervenção de seu irmão
Tadashi (Daniel Henney) ele decide canalizar seus
conhecimentos pra algo mais produtivo, e assim ele conhece o seu
maior aliado, e também o seu inimigo.
O
aliado ao menos eu posso contar quem é, e pra falar a verdade, sem
ele nem haveria filme.
O
enfermeiro robô Baymax,
em sua dedicação em manter a saude de Hiro, torna-se o melhor amigo
possível pro personagem, e é o principal fator merecedor de
ingresso no filme.
No
geral, Operação
Big Hero segue
uma cartilha bem-sucedida, com uma historia que joga com humor, drama
e ação, e é efetiva ao atrair crianças em polvorosa com trailers,
e posters, e não levar ao sono a plateia adulta que acompanha a
parentela de menor ideia aos cinemas.
Esse
jeitão de filme-família não representa risco de erro, ainda que
não sirva pra criar algo muito além do que o bom filme de verão.
E
isso ele é.
Divertido,
com o Baymax
roubando cenas sem remorso, uma animação fluida, e sequencias de
ação que aproveitam um 3D correto e bem executado, contrabalançando juntamente com o carisma da dupla protagonista, o fato de o roteiro derrapar algumas vezes pro óbvio e previsível.
A
historia, adequada ao seu público-alvo, e à necessidade de se afirmar ainda que seja uma trupe de herois desconhecidos da maioria, dedica um tempo necessário ao drama do
protagonista, e seu envolvimento com o robô de aspecto inusitado pra
um mecha de batalha, enquanto o restante da equipe ganha um tempo bem
mais reduzido pra apresentar suas personalidades estereotipadas.
Ainda
bem que o filme não depende deles, e apesar de não ser um enredo de
grandes surpresas, a amizade entre
Hiro e
Baymax carrega
o filme nas costas.
E
pra falar a verdade, só essa escolha acertada já é melhor que o
filme inteiro do Astro
Boy que
apareceu em 2009 e desapareceu da memória quase de imediato.
Quanto
vale:
Operação
Big Hero. Recomendado
para: rever Marvel/Disney sabendo aproveitar herois menos conhecidos pra criar franquias aos montes.
Operação
Big Hero
(Big
Hero 6)
Direção: Don Hall, Chris Williams
Duração: 102 minutos
Ano
de produção: 2014
Gênero:
Aventura/Comédia
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