Quem
sabe o diretor Luc
Besson não seja dos mais lembrados, apesar de ter roteiros seus filmados daqui até Marte.
Uma
pena pois uma década e tanto atrás ele era o nome em destaque em
filmes bastante relevantes na cultura pop e que influenciaram outros
tantos caras.
E
mesmo que "O
Quinto Elemento"
possua alguns vários detratores ainda é uma investida no sci-fi
acima da média e bem mais interessante que montes de blockbusters
genéricos de atualmente, e seria uma pequena aula de entretenimento
pros Wachovski
e seu infeliz e fracassado "O Destino de Júpiter".
Mas
Luc
Besson
teve seu nome vinculado a outro projeto bem mais marcante que atende
pelo nome "O
Profissional".
Um daqueles filmes que se reassiste toda vez que encontra passando em
algum canal, e que não apenas envelheceu bem, mas apresenta algo de
novo e interessante toda vez.
É
esse mesmo Luc
Besson
que sempre na atividade que retornou em 2014 com este "Lucy",
testando se ainda existia estilo correndo em suas veias.
"O
Quinto Elemento",
apesar de muitas qualidades, ainda era criticado por ser uma salada
de elementos da cultura pop, beirando o plágio em alguns aspectos, e
mesmo que nessa vez não seja pra tanto, com certeza "Lucy"
não vai vir com nenhum rótulo de originalidade.
Mesmo
assim, no quesito estilo, Besson ainda comprova que manja do jogo.
O
consideravelmente extenso diálogo entre Lucy
(Scarlett
Johansson)
e seu amigo Richard (Pilou Asbæk) já passa uns indícios disso, com uma
aproximação da protagonista que fica "conhecida" do
público de imediato, sem serem necessários flashbacks ou maiores
firulas.
Depois
a trama avança rápido.
Mesmo
intercalando a treta cada vez pior em que Lucy
acabou se envolvendo com a palestra do professor Norman (Morgan
Freeman)
tudo fica bastante claro pro espectador. Ao menos até onde é pra
ficar.
Pequenas
intervenções videoclípticas aparecem de tempo em tempo mantendo o
ritmo ágil e a hora e meia de metragem passar ainda mais rápido.
Colabora
muito pra isso a habilidade de Luc
Besson
em utilizar os recursos a disposição pra criação de um material
suficientemente coeso com a proposta do roteiro, e em que efeitos
especiais ou cenas exageradas não se sobressaiam ao todo.
Com
isso, e o trabalho dos atores que fazem o trabalho parecer fácil,
mesmo quem não seja muito familiar aos temas apresentados vai com
facilidade chegar no fim da metragem.
Scarlet
Johansson
parece estar se divertindo, interpretando as mudanças da personagem
com naturalidade, e mais uma vez a atriz desempenha um papel em filme
de ação e consegue sair da produção sem que chovam críticas
negativas à sua atuação.
Também
vale destacar a participação de um ator lendário no longa-metragem
que desempenha o papel de vilão e que mesmo acostumado a filmes bem
mais faca na cara se sai bem nesse blockbuster ocidental. Qualquer um
que assistiu "Old
Boy",
"I Saw the Devil",
ou "Lady
Vingança"
na certa reconheceu Choi
Min-Sik
interpretando Mr.
Jang,
o gângster coreano que por mais que tente ameaçar não vai ter
muita vez diante do poder que a expansão da porcentagem de
utilização cerebral vai liberar.
Com
isso em mãos, o diretor realiza sua obra que lembra muito o
clássico "Akira"
e flerta com o cinema atual de ação e super-poderes muito bem
aceitos em seus excessos pelas plateias, sem grandes embates, mas sim
com demonstrações super-humanas diante de inimigos que só servem
pra ficar atônitos e exemplificar o que as capacidades ampliadas
podem fazer.
Enquanto isso, as questões mais profundas do roteiro acabam diluídas no todo e apesar de interessantes, era ingenuidade esperar muito mais de seu desenvolvimento em menos de hora e meia de filme.
Enquanto isso, as questões mais profundas do roteiro acabam diluídas no todo e apesar de interessantes, era ingenuidade esperar muito mais de seu desenvolvimento em menos de hora e meia de filme.
Divertido
o suficiente, e conseguindo ser claro e bem explicado sem pra isso
precisar frear a trama, "Lucy"
mostra um Luc
Besson
ainda eficaz no seu ofício, que não chega nem perto de arranhar
aquele status de seus trabalhos mais memoráveis, mas também não
deslumbrado pelos infinitos recursos disponíveis hoje em dia na arte
de criar cinema de ação pirotécnico.
Os
efeitos ainda atendem o roteiro, então está ok.
Quanto
vale:
Lucy.
Recomendado
para: uma quase ousada sessão de cinema, que se não acerta na
mosca, ainda diverte o bastante.
Lucy
(Lucy)
Direção: Luc Besson
Duração: 89 minutos
Ano
de produção: 2014
Gênero:
Ação/Ficção Científica
Sign up here with your email
1 comentários:
Write comentáriosEste filme é incrível! Eu adorei porque teve um grande elenco. É de admirar o profissionalismo deste ator, trabalha muito para se entregar em cada atuação o melhor, sempre supera seus papeis anteriores, o demonstrou em Apenas o Começo um dos seus melhores filmes de ação que se converteu em um dos meus preferidos. Se alguém ainda não viu, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.
ReplyEmoticonEmoticon