Para muitos iniciados em livros de ficção científica, o escritor russo Isaac Asimov (1920-1992) é para esse gênero literário o que o Messi é atualmente para o futebol, craque absoluto.
Elogios à parte, Asimov, que também era um cientista, ficou famoso por abordar em seus livros assuntos como inteligência artificial, vida extraterrestre, viagens espaciais e temporais, tudo isso muito antes do Sheldon aprender a pronunciar as três Leis de Newton e a palavra “nerd” ser proferida pelos quatro cantos do planeta.
Ao todo, Asimov escreveu ou editou mais de 500 volumes, incluindo aí ficção e não ficção científica.
Esse autor é famoso por suas várias histórias sobre robôs em que, muitas vezes, os tais seres mecânicos possuem ações tão humanas quanto qualquer pessoa de carne e osso que possui encéfalo, polegar opositor e capacidade para se emocionar com um soneto do Fernando Pessoa.
Além da “série robôs”, o escritor é o autor da famosa trilogia Fundação, uma saga que fala, entre outros temas, sobre a ascensão e queda de impérios.
Outro livro famoso, pelo menos entre os fãs do autor e interessados no gênero, é esse O Fim da Eternidade, lançado em 1955 e que até hoje é um dos mais comentados.
O Fim da Eternidade aborda um tema tão caro à ficção científica, que são as viagens no tempo e as consequências que ela pode gerar. Aliás, antes que alguém venha com tagarelices do tipo “viagem no tempo é clichê”, ou “ah... eu já vi isso no filme De volta para o futuro”, vale destacar que esse romance é um dos primeiros a levar em conta os paradoxos temporais e as mudanças de realidade que uma simples voltinha no passado pode acarretar.
Na trama, um sujeito chamado Andrew Harlan é um dos “Eternos”, já que ele é integrante de uma instituição chamada Eternidade. O objetivo da Eternidade é enviar esses “Eternos” (que na verdade não são imortais, é apenas um apelido) para diferentes períodos históricos. Por meio de ações discretas, esses funcionários devem evitar que a humanidade cometa equívocos (seria interessante, por exemplo, se eles pudessem evitar o lançamento do filme do Lanterna Verde... deixa pra lá).
Condicionado por um treinamento rigoroso, Harlan é um funcionário exemplar que aprendeu a deixar as emoções de lado na hora de executar o seu trabalho.
Tudo transcorre normalmente até o dia em que ele conhece a atraente Noÿs Lambent, uma mulher que faz com que Harlan passe a rever seus conceitos em nome de algo tão antigo quanto o próprio tempo. Não... Eu não me refiro ao primeiro protótipo do Atari, estou a me referir ao amor. Apaixonado, Harlan terá que arriscar a própria vida e o futuro da humanidade.
O Fim da Eternidade não é a primeira incursão de Isaac Asimov no assunto sobre viagens no tempo. O autor já havia explorado superficialmente o tema no livro 827 Era Galáctica, lançado em 1950.
O Fim da Eternidade inicialmente seria um conto que foi recusado por editores de revistas especializadas em ficção científica, porém só foi aceito quando o escritor o transformou em um romance.
Dentro do universo criado por Isaac Asimov (sim, Asimov, naquela época já interligava as suas obras por meio de crossovers), esse romance é um prelúdio para as sagas do Império Galáctico e da trilogia Fundação.
O Fim da Eternidade - Recomendado para: todos aqueles que se interessam por viagens temporais e já pensaram em construir uma máquina só para ir ao futuro e ver como irá terminar o Star Wars Episódio 400 - O Retorno do Jedi que regressou novamente.
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