Não tem muito que eu possa dizer desse longa-metragem indie "Turbo Kid".
Sério.
Ele simplesmente reúne na mesma produção uma série de elementos que, ainda que da forma que são apresentados emulem "defeitos" pra muita gente, são um atrativo inigualável, nessa época de cinema blockbuster acéfalo e marketeiro se fingindo de produto sério e sombrio.
Por isso que a trama do guri interpretado pelo Munro Chambers) que vive no pós-apocalipse de 1997, curte HQs, e vai travar sua epopeia com requintes trash e gore contra inimigos mascarados em cenários que lembram as pedreiras de tokusatsus, parece realmente um filme que vale muito mais a pena do que algum filme-evento em que a liturgia regra que os comentários ao fim da sessão, em caso de o filme ser ruim, devem se limitar a: "os efeitos foram massa, véi".
Então, ainda que eu possa quebrar a cara, e o trabalho dos diretores François Simard, Anouk Wissell, e Yoann-Karl Whissell tenha sido selecionado pro Festival de Sundance mesmo que talvez seja só canhestro e pastiche, é um risco justo diante de um trailer que soa bastante sincero em suas pretensões.
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