M.I.B – Homens de
Preto encontra Ghost – Do Outro Lado da Vida.
O personagem de
Michael J. Fox em Os Espíritos (The Frighteners, 1996) encontrou outros no mesmo ramo
que ele.
Qualquer uma dessas
frases poderia ser muito bem utilizada em uma resenha sobre o filme
R.I.P.D., sem risco de soar rótulo forçado ou algo do tipo.
Mas a verdade é
que, isso não importa na hora de saber se um filme é bom ou ruim.
Tudo bem. A trama de
R.I.P.D. não é nada original.
Mas dependendo da
forma que o roteirista encontra pra contar a história adaptada da HQ Rest In Peace Department, do autor Peter M. Lenkov, pode até ser um filme legal.
O diretor Robert Schwentke então define suas ferramentas pra empregar os $130 milhões que lhe
foram destinados pra multiplicar.
Em considerável
parte, esse valor vai pro elenco, estrelado por Ryan Reynolds (de Lanterna Verde, 2011), Jeff
Bridges (de Bravura Indômita, 2010)), e Kevin Bacon (de X-Men: Primeira Classe, 2011).
E na frase acima se
encontra a primeira e maior cagada no filme.
E não me refiro a
gastar altas somas de grana com cachê de atores, e sim ao motivo que
me motivou a digitar o nome de Ryan Reynolds antes de Jeff Bridges.
Na trama, que
envolve uma organização que se mantém oculta da sociedade
perseguindo e prendendo criminosos falecidos errantes, o personagem
do Reynolds vai ser o novo parceiro do personagem do Bridges.
Acontece que, o
cineasta Robert Schwentke, em um surto de ingenuidade, crê cegamente
que Reynolds é um verdadeiro astro de filmes de ação, capaz de
carregar um filme nas costas mediante uso de caras repetidas, sem perceber que a
presença de Jeff Bridges não é mero acessório voltado a humor
fácil e tornar o seu colega novato em mocinho às custas do legendário
ator.
Não que Bridges
deva ser protagonista, nem nada, mas a verdade é que essa escolha
do diretor simplesmente não funciona.
Tivesse sido esperto
tal qual o diretor Daniel Espinosa em Protegendo o Inimigo (Safe House, 2012), que
percebeu que a dinâmica entre Denzel Washington e Reynolds só
funcionaria se fosse capaz de mostrar cada um no que sua capacidade
de interpretação tem de melhor (ou seja: Reynolds é um novato que
nada sabe, apesar de ser o protagonista, e Denzel Washington é o veterano que manda no filme),
poderia talvez Schwentke conseguir esconder seus demais
equívocos.
Considerando isso, a presença do ator Kevin Bacon é mais pra cumprir tabela, e sua participação nada representa na busca por salvação de hora e meia inutilizadas da vida do espectador.
Sem um protagonista
com carisma, e com desperdício de coadjuvantes renomados, o que
resta é buscar nos medianos efeitos especiais alguma cena de ação
mais ou menos, o que é apenas perda de tempo.
Emoldurado pela
ousadia de piadas sem humor, o filme é substituto ideal pro
comprimido de dormir, e no constrangimento de diálogos modorrentos,
e pelas similaridades com outras obras, só fica
pior ao pensar no tanto de potencial que uma trama que nem essa
oferece pra ser uma franquia daquelas divertidas sem fingir ser cult.
R.I.P.D. é só mais um pra juntar
poeira nos torrents da vida.
R.I.P.D. – Agentes do Além. Recomendado para: Não recomendado.
R.I.P.D. – Agentes
do Além
(R.I.P.D.)
Direção: Robert Schwentke
Duração: 96 minutos
Ano de
produção: 2013
Gênero:Ação
Sign up here with your email