Aqueles intrépidos leitores que acompanham a jornada Albert Pyun aqui, nesse carcomido blogue, sabe que esse cineasta havaiano já visitou futuros distópicos, bem como perambulou por reinos tão antigos quanto a primeira fralda do rei Arthur.
Porém, dessa vez, no filme Arcade, Pyun efetua uma viagem pela realidade virtual, mostrando um filme que mais parece uma soma de “Tron + Matrix” sem dinheiro no bolso.
Arcade, lançado em 1993, repete a parceria entre Albert Pyun e a produtora Full Moon, que já haviam trabalhado antes em Dollman.
O roteiro de Arcade foi concebido por David S. Goyer e Charles Band, um dos cabeças da Full Moon.
A trama acompanha a problemática adolescente Alex Manning (Megan Ward), que junto com os seus amigos decidem conhecer a maior novidade do momento em fliperama, o jogo Dante’s Inferno.
Megan Ward |
O problema é que quando o jogador perde, ele acaba sendo sugado para a mortal realidade virtual do fliperama. Sendo assim, cabe a Alex realizar a hercúlea missão de resgatar os seus amigos daquele horrendo e perigoso mundo paralelo tridimensional, que na verdade, é produzido com efeitos especiais que mais parecem cenários capazes de constranger até mesmo os produtores das aberturas do Fantástico.
O título do jogo Dante’s Inferno não é atirado na trama ao acaso, visto que é uma clara referência ao poema A Divina Comédia, escrito na Idade Média pelo poeta italiano Dante Alighieri. Nesse poema, o autor efetua uma jornada aos ciclos do inferno com o intuito de resgatar a sua amada.
A respeito do elenco de Arcade, vale destacar a presença de um dos coadjuvantes imbecis, que é interpretado pelo até então novato ator Seth Green.
Esse cara, que é ator, diretor, roteirista, é também presença garantida em quase tudo que é filme que necessite de algum sujeito com cara de nerd. Além disso, Green já esteve envolvido com o desenho Family Guy e é um dos idealizadores da animação Robot Chicken, que já satirazava o universo da cultura pop antes mesmo do Sheldon saber a diferença entre um hobbit e um dos sete anões.
O filme Arcade já existe em DVD, mas no início dos anos 90, período áureo das vídeo-locadoras, era uma das tralhas mais conhecidas lançadas pela Full Moon.
Arcade
Recomendado para: aqueles que acreditaram não existir nada mais inocente que os efeitos especiais do primeiro longa-metragem Tron.
Abaixo assista ao trailer.
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