Duna de Alejandro Jodorowsky - O filme que não existiu


Quando eu ainda era um adolescente imberbe tentei ler o romance Duna, escrito por Frank Herbert. Essa publicação, que é uma das mais importantes obras da ficção científica, me nocauteou logo no início da narrativa e eu a abandonei antes mesmo de chegar na página quarenta.

Hoje, eu que sou (um pouco mais) adulto, ainda tenho vontade de encarar o livro Duna novamente, que é uma história que ocorre em uma galáxia distante e envolve disputas de poder, intrigas, rivalidade e conspirações políticas.

Enfim, Duna já inspirou música do Iron Maiden, já foi adaptada para séries de TV (que eu ainda não assisti) e também já virou filme pelas mãos do diretor David Lynch, em 1984.


Quando eu assisti a essa longa adaptação do Lynch para o cinema, agradeci ao inventor do recurso forward, pois confesso que em vários momentos avancei o filme para me manter desperto e fugir daqueles flashbacks modorrentos e dos diálogos soporíferos.

Lynch errou ao tentar sintetizar em apenas um filme um livro longo e repleto de conflitos. Nem mesmo a presença de bons atores, como Max von Sydow, e a participação canastrona do Sting (ex-baixista do Police) serviram ao menos para deixar o filme divertido.

No entanto, ao mesmo tempo fiquei curioso quando eu soube que antes, nos anos 70, a 20th Century Fox escalou para adaptar Duna o cineasta Alejandro Jodorowsky, que também é filósofo, quadrinhista, pisicólogo e mago (quando sobra tempo).

O Duna de Jodorowsky iria ter no elenco Orson Welles, David Carradine e até o pintor surrealista Salvador Dali. Os efeitos especiais ficariam a cargo de Dan O’Bannon, que anos mais tarde, junto com John Carpenter, foi um dos responsáveis pelo filme Dark Star (aquele mesmo que inspirou Alien - O Oitavo Passageiro). A trilha sonora desse Duna teria canções inéditas do Pink Floyd, Magma e Tangerine Dream.

Afirmar que uma miscelânea dessas seria um bom filme é arriscado, mas certamente seria uma produção curiosa e certamente causaria urticárias nos fãs mais empedernidos da referida obra literária, pois de acordo com o próprio cineasta, a adaptação seria pouco fiel ao livro de Frank Herbert.

Eu, como afirmei em parágrafos anteriores, ainda não li o livro Duna por completo, nem mesmo as suas continuações. Mas seria interessante ver na tela grande uma trilogia baseada no rico universo criado por Frank Herbert. Algo nem muito viajante e nem tentando ser fiel demais, mudando apenas o que for necessário. 
Previous
Next Post »