Os próprios deuses

Isaac Asimov
Em eras não muito distantes Isaac Asimov já foi citado aqui nesse alucinado blogue. Hoje mais uma obra da extensa bibliografia do escritor é pauta no Satélite (ele redigiu em ritmo industrial várias séries, sagas e contos, me fazendo acreditar inclusive na hipótese dele mesmo ser um robô).

Enfim, o livro em questão é o romance Os próprios deuses, publicação dividida em três partes bem distintas uma das outras, fato esse que é bem interessante, mas que poderá irritar aqueles que almejam uma historinha mais linear. Apesar da distinção, aqueles que forem mais pacientes e encararem as mais de trezentas páginas perceberão que, apesar de dividida, toda a narrativa integra um mesmo quebra-cabeça. Se até eu, que tenho o QI de um guaxinim pesteado conseguiu compreender, imagine então você, amigo leitor.

Cada parte do livro recebe um título que forma a sentença "Contra a estupidez os próprios deuses lutam em vão”. Essa frase é uma citação de um sujeito chamado Friedrich Schiller, pensador alemão do século XIX.

A sinopse do romance fala sobre um cientista, Frederick Hallam, que descobre uma fonte de energia infinita chamada Bomba de Elétrons. Como tudo na vida (e até na ficção científica) tem um lado ruim, é também descoberto que essa fonte de energia pode acarretar alguns probleminhas como... hã... hã... A ANIQUILAÇÃO COMPLETA DO UNIVERSO (pronto, falei!!).

A primeira parte do livro, que recebe o título de Contra a estupidez..., narra a descoberta de um elemento químico chamado Plutônio-186 e da criação da referida Bomba. Bem como aborda as investigações acerca das nefastas consequências dessas descobertas. O mais interessante nessa fase da leitura, na minha reles opinião, é quando os cientistas passam a receber mensagens oriundas de um universo paralelo. Essas mensagens alertam que mexer com tanta energia vai dar merda.

A segunda parte intitulada os próprios deuses... discorre sobre as características dos seres que habitam esse universo paralelo. Nesse trecho Asimov revela toda a sua sagacidade para inventar mundos tão distintos e ao mesmo tempo tão fascinantes.

Já a terceira parte, chamada Disputam em vão, aborda uma possível solução criada pelos cientistas para resolver o problema envolvendo as trocas constantes de energia.

O livro Os próprios deuses foi publicado em 1972 e ganhou o prêmio Nebula, o prêmio Hugo e, principalmente, ganhou meu coração ao tratar sobre universos paralelos, que para mim é um assunto fascinante dentro a ficção científica.

Os próprios deuses - Recomendado para: Quem aprecia histórias que falam sobre esse (e outros mundos)
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