Coloque de um lado personagens sem nenhum caráter, do outro lado, um Jason Statham dando tiros e esmirilhando miolos alheios, e no meio disso tudo uma menina chinesa de dez anos que possui uma inteligência digna de um Albert Einstein de olhinhos puxados. Essa é a premissa do filme O Código, um filme que não vai (e nem pretende) revolucionar a arte cinematográfica (deixem isso para o Lars Von Trier e seu megalomaníaco filme pornô de 5 horas).
Em O Código, a trama apresenta Mei, uma garotinha que desperta a atenção de todos devido a sua incrível capacidade de memorização e de brincar com os números como quem monta uma casinha de Lego. A habilidade de raciocínio não chama a atenção apenas de pais e professores, mas também de várias organizações de índole tão duvidosa quanto alguns engravatados que trabalham no senado federal. Sendo assim, a menina é sequestrada por um mafioso e utilizada como uma “contabilista” para transações monetárias ilegais.
Enquanto isso é também apresentada a história de Luke Wright, um lutador fracassado interpretado por Jason Statham com a sua habitual cara de poucos, ou melhor, nenhum amigo.
Quando as precisas mãos do destino (e do roteiro) colocam a pequena Mei no caminho de Wright, ele descobre que as habilidades intelectuais da garota são disputadas por bandidos e por policiais corruptos o que, convenhamos, não deixam de ser a mesma coisa. E aí começa um eficiente trailer de ação e pancadaria não muito diferente do que a gente assiste na Tela Quente ou no Domingo Maior, porém digno de um filme protagonizado pelo brucutu Statham.
O fiapo de roteiro, como pede o gênero, às vezes é conduzido de forma apressada e muitos personagens estão ali apenas para morrer. O que, nesse caso, é um mérito, pois não fica enchendo a paciência ao tentar criar “profundidade” em personagens desnecessários. Isso porque, convenhamos, esse filme não é uma série de TV com episódios que contam até a vida do Zé da Padaria, mas sim, é um obra de ação, pôrra!!
A direção ficou por conta Boaz Yakin, o mesmo cara que dirigiu a comédia Grande Menina, Pequena Mulher. Eu confesso que determinadas cenas de ação poderiam ser menos frenéticas, pois pareciam um vídeoclipe, mas a sorte que o diretor acerta a mão na maioria das vezes e o resultado então fica muito bom.
Vale destacar que esse não é um filme que vai mudar a sua vida e poderá ser esquecido logo após ser retirado do DVD player ou deletado do HD, mas funciona como entretenimento rápido.
O Código - Recomendado para: Fãs de filmes em que tiros, socos, chutes e petelecos na orelha só cessam quando sobem os créditos finais.
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