Essa lista nunca foi
publicada no início do ano, enquanto é pauta de extrema relevância
pras suas vidas. Então por que começar agora?
O importante é que haja
o registro de toda a fonte de suplício que o cinema foi capaz de
proporcionar nos 365 dias pretéritos de 2013.
Lembrando que a lista não
contempla necessariamente os “piores” filmes, e sim os maiores
desapontamentos, e por causa disso que as obras do Uwe Bol nunca
estão presentes (mas pode haver alguma exceção futura, quem sabe).
Vale também mencionar
que a ordem da lista possui uma considerável chance de mudar se um
dia eu acidentalmente re-assistir alguma das obras, porque, sempre tem alguma "qualidade" que pode ter passado despercebida.
Na verdade, a numeração
rankeando os filmes é mera conveniência, afinal, são todos
vencedores, e foram tantos vencedores, que o Top 5 teve que sofrer um acréscimo:
Qualquer um com mais de
15 anos de idade já assistiu algum filme mais coerente, e melhor
planejado do que Django Livre.
Isso porque já houve uma
época em que os trabalhos do Tarantino não recebiam críticas
positivas embasadas em “Tarantino repete sua fórmula”. Mesmo nos
seus filmes menos interessantes, pelo menos era visível uma
necessidade em afirmar o longa-metragem enquanto obra singular, e não
como capítulo novo da megalomania do cara.
Django Livre é
uns 5 filmes em um, mas nenhum se completa com os outros filmes, e
faz menos sentido ainda quando o discurso (bem atuado, ao menos) se
perde nos cacoetes de todo mundo envolvido, e na necessidade de fazer
rir pra que as 2 horas e tanto não permitam que o espectador perceba
que não está assistindo um bom filme. É só uma paródia do que o
próprio cineasta já filmou, e dos westerns que ele convencionou
dizer que está homenageando.
Porque, se continuar
desse jeito, quando o diretor de “Cães de Aluguel” filmar
o seu sci-fi espacial C em cenários de papel alumínio, com
Christopher Waltz interpretando um almirante da frota
espacial, com trilha sonora de super nes, não vai importar se os
diálogos fazem parte de um roteiro, ou se forem uma improvisação
de duas horas em dialeto alienígena sem legenda.
É Tarantino.
Então a função do público é interpretar o erro na boa vontade pra parecer qualidade.
É isso mesmo?
09. Wolverine Imortal
Eu até me diverti com esse filme, mas até pela contratação do diretor James Mangold, não tinha grandes esperanças de que esse apagasse da memória o “X-Men Origens: Wolverine”.
Eu até me diverti com esse filme, mas até pela contratação do diretor James Mangold, não tinha grandes esperanças de que esse apagasse da memória o “X-Men Origens: Wolverine”.
"Origens", pra falar a verdade baixou tanto as expectativas que mesmo essa ruindade de 2013 não decepcionou tanto assim.
O que me pareceu esse “Wolverine: Imortal” é mais aquele tipo de produção oitentista que tantas vezes assisti nas sessões de cinema da TV Bandeirantes.
O que me pareceu esse “Wolverine: Imortal” é mais aquele tipo de produção oitentista que tantas vezes assisti nas sessões de cinema da TV Bandeirantes.
O herói solitário que vaga em terra estranha a ele, e logo se complica com a bandidagem local por causa de algum interesse romântico.
O que faltou mesmo foi o que faz parte do “criar um filme de quadrinhos”.
Chega a um ponto em que toda produção precisa ser mais do que um episódio, e se a palavra “épico” não for gasta erroneamente se referindo ao filme, é porque ele não conseguiu nem a empolgação momentânea frenética corriqueira (muitas vezes dependendo somente de CG).
É um filme pobre de idéias, e que descaracteriza momentos essenciais da mitologia do mutante nas HQs.
Então, vale mais pelo saudosismo de quando ser épico não era exigência.
O problema desse filme do
Shyamalan, protagonizado pelo Will Smith, e pelo seu filho
Jaden, não é especificamente ser ruim.
Ele apenas nunca chega a
ser bom.
Em sua comumzice, se
aceita ser anti-climático o tempo todo, com cara de etapa de
preparação pra enfim engrenar.
Só que, sem atuações
marcantes, e um roteiro sem surpresas que elevem a tensão na trama,
é nítida a impressão de assistir uma série que já vem insípida
há tempos, e com a qual temos muita boa vontade, e que pra
completar, apresenta um episódio em que nada acontece ou faz a menor
diferença.
Esse episódio seria o
“Depois da Terra”.
07. Oz: Mágico e
Poderoso
Eu já afirmei ser fã do trabalho do Sam Raimi. Acho que ainda não é alvo de xingamento dizer isso mesmo que o cara não esteja fazendo nada pra impedir que num futuro próximo isso se torne uma lamentável realidade.
Esse prequel de “O
Mágico de Oz”, protagonizado pelo James Franco e pela
Mila Kunis tem cara de blockbuster de verão bem desimportante
mesmo. Só que daí o Raimi se superou.
Nem seus maneirismos ou o
requinte visual que os dólares permitem deixam a experiência menos
sonolenta e com cara de direção preguiçosa.
Quem sabe ele só tenha
acertado a mão no blockbuster dirigindo o Spiderman. Já foi
bastante coisa, mas nem por isso eu vou afirmar que acho válido ele
se render ao constrangimento público dessa forma.
Um elenco desses e conseguir criar um filme nesse patamar merece parabéns.
É de uma chinelagem
muito grande entregar um trailer após o outro, cada vez mais
destacando o quanto o roteiro é um apanhado grosseiro de outras
histórias blockbusterianas.
Essa “sinceridade” no
filme dirigido pelo Robert Schwentke não minimiza o desconforto ao
conferir cada fala ou piada esforçadamente ruins sofridas por Ryan
Reynolds e Jeff Bridges, no que parece um prolongado vídeo de erros de gravação.
É um filme medíocre
demais até pra eu me alongar nos comentários.
Foi status Cult e
presença em lista de melhores filmes de HQs pra muita gente.
Algo exagerado e que
acabou deixando a máscara cair nesse segundo filme, agora sem a
competência do Matthew Vaughn na direção, e deixando de
lado também o entendimento mais ou menos equilibrado entre humor,
ação, e pastelão.
Quando o diretor Jeff Wadlow viu, já estava à frente do American Pie de heróis
que em outras épocas seria o DVD com indicação de lançamento que
nunca é visto nas prateleiras com a plaquinha “Locado”.
4. Homem de Ferro 3
Esse filme é um dos melhores exemplos do que é essa lista.
O filme do diretor Shane Black e do Robert Downey Stark Jr. nem é de todo ruim. É canhestro em várias de suas escolhas, e se perde com alguma freqüência, mas é bem feito, e tem vários bons momentos.
Aliás, é melhor do que alguns acima, e que alguns que ficaram de fora na listagem.
Mas com certeza poucos conseguiram ser mais decepcionantes do que esse terceiro episódio da franquia que redefiniu os caminhos do cinema de HQs.
Iron Man 3 sub-aproveita o vilão Mandarim, escolhe um fedor qualquer pra ser o grande nêmesis da produção, banaliza a própria icônica armadura do personagem se tornando fábrica de action figures em descontrole, e subtrai aspectos fundamentais da mitologia do herói em sua versão cinematográfica.
Somando prós e contras, consegue ser divertido em considerável parte da metragem, o que não muda o fato de que deveria ter sido muito melhor.
Eu não sabia nada da
trama, só que sabia bem que um elenco liderado por Sean Penn, Josh Brolin,
Ryan Goslin, Emma Stone, e uma pá de
outros não poderia nunca ser forte candidato em uma lista de piores
filmes.
Claro que os produtores e
o diretor Ruben Fleischer quem sabe discordassem disso. Porque exige
um esforço de incompetência em escala tão descomunal quanto o esforço de suportar o
filme, conseguir criar esses 113 minutos absolutamente inúteis.
É o bastante pra
perceber que esse “Caça aos Gangsters” é que nem aqueles
vídeos do youtube com a compilação de frases clichês de um ator
ou outro.
Com a vantagem que no
Youtube é raro uma dessas montagens durar mais que 5 minutos.
Tinha polêmica demais
pra ser driblada, e apesar de tudo indicar que era um fracasso certo, não precisava ser tão ruim..
Era muito fácil fracassar
em meio à enxurrada de expectativa e críticas prévias.
Mas existia, claro, uma
chance de se destacar pela proximidade com a série de HQs e não com
o filme, além de ser um produto final de intensidade bem narrada.
A escolha do Spike
Lee, no entanto, foi por recontar com uma rotação de ângulos
em relação ao clássico moderno dirigido pelo Chan-Wook Park,
a mesma história, sem nenhuma novidade verdadeiramente relevante.
Melhor era assistir algum
filme que ao fazer a mesma coisa, pelo menos merece algum elogio por
não terem sido gastos 30 milhões em um filme requentado.
O que não é o caso.
De todos listados aqui, Oldboy é o único remake de um clássico, e pra variar, dessa
vez a equipe escolhida pra isso conta com gente que trabalhou em
“Faça a Coisa Certa”, “Onde os Fracos Não Têm Vez”,
“Distrito 9”, e um Samuel L. Jackson afetado que de vez em quando
faz filme bom.
Expectativa alta era
pouco.
Óbvio que eu fui
assistir o novo filme do Superman esperando curtir o filme.
Droga.
Dessa vez reuniram uma equipe que ao menos deveria criar um baita filme de ação, caso todo o resto falhasse. Daqueles em que por mais que haja um problema ou outro no roteiro tem qualidades que superam isso. Daqueles em que é fácil torcer pelos protagonistas ainda que eles digam umas frases corriqueiras demais nesse tipo de produção.
Dessa vez reuniram uma equipe que ao menos deveria criar um baita filme de ação, caso todo o resto falhasse. Daqueles em que por mais que haja um problema ou outro no roteiro tem qualidades que superam isso. Daqueles em que é fácil torcer pelos protagonistas ainda que eles digam umas frases corriqueiras demais nesse tipo de produção.
Mas Christopher Nolan
e seu assecla Zack Snyder não queriam isso.
O propósito era criar o
maior filme de todos os tempos, e não tem melhor modo de criar um
filme aclamado pelas multidões do que elaborar trailers cheios de
trilha sonora pseudo-épica, discurso de “realismo” durante as
entrevistas, momentos contemplativos jogados a esmo, e claro:
batalhas tão extensas e sem sentido que só podem estar ali pra
compensar a ausência de algo que tenha faltado durante a apressada
apresentação que é consequência do aprendizado errado ao sair de uma sessão
de Cavaleiro das Trevas Ressurge.
O pontapé inicial pra um
novo universo cinematográfico, e um filme que foi apontado por
muitos como o melhor do cinema de heróis em 2013, e um dos melhores
de todos os tempos, é só o endeusamento do estilo Michael Bay de fazer cinema.
Eu sei.
Não é algo fácil de admitir.
Eu sei.
Não é algo fácil de admitir.
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