Mais do que uma história protagonizada por personagens de pés peludos e com pouco mais de meio metro de altura, o longa-metragem O Hobbit é a adaptação cinematográfica de um dos mais famosos livros de literatura fantástica. Além disso, a repercussão desse filme também se deve ao fato de que algumas cópias dele, pelo menos em algumas salas de cinema, são exibidas em 48 frames por segundo (fps).
Ora, mas que diferença isso faz? Bem... De acordo com os entendidos, há sim uma nítida diferença.
Não é magia, é tecnologia
O objetivo de efetuar uma filmagem a 48 frames (quadros) por segundo é tornar os movimentos mais perfeitos e proporcionar mais nitidez para as cenas de ação rápida.
Na realidade, as imagens que vemos projetadas nas telas do cinema não se mexem. O que aparece na tela é apenas uma rápida sucessão de fotos estáticas. Tais fotos são visualizadas como movimento contínuo por causa de uma característica da visão humana conhecida como persistência retiniana.
Vale lembrar que durante uma uma fração de segundo, o olho humano “lembra” a última imagem vista, relacionando-a à foto seguinte. E assim surge a ilusão de movimento (é verdade, cinema é uma arte mentirosa).
Para melhor manter essa ilusão, é necessário que a taxa de exibição seja de pelo menos 16 quadros por segundo. Há 90 anos, o cinema adotou a taxa de 24 quadros por segundo, que é suficiente para “engabelar” o meu, o seu, os nossos olhos. Na teoria, a exibição a 48 fps deve dar mais perfeição às cenas.
O Hobbit, que atualmente está em cartaz, adota essa técnica, porém, como nem todas as salas possuem suporte para tal tecnologia, ainda há cópias exibidas a 24 fps.
Mas como nem tudo é um colírio para os olhos, há quem não apreciou os tais 48 quadros por segundo. De acordo com alguns relatos, o problema são as cenas em close com movimentos rápidos e muitos detalhes (por isso nem quero imaginar o sofrimento daqueles que sofrem com labirintite quando o Michael Bay, por exemplo, aderir a essa onda).
Esse desconforto ocorre talvez porque a nova tecnologia leva os olhos do vivente a efetuar movimentos verticais mais rápidos para acompanhar os detalhes, o que acarreta o incômodo. Porém as cenas de paisagens são descritas não causam nenhum inconveniente e são deveras bonitas.
Por enquanto nem todo mundo pode conferir se os 48 fps são tudo isso. No site 48fpsmovies.com há uma lista de 52 cinemas brasileiros que suportam essa tecnologia.
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