Todos sabem que no cinema mainstream existem franquias que se arrastam por décadas enchendo o saco do espectador, ao mesmo tempo em que enchem os bolsos dos produtores. Esse mesmo fenômeno caça-níquel também ocorre no fascinante universo dos filmes B.
Um dos exemplos de filmes fuleiros que geraram sequências “mais B ainda” é o Nemesis, dirigido pelo mestre Albert Pyun, autor de Cyborg, Dollman, Viagem Radioativa e outros exemplares que fazem os seres de bom gosto desejarem colocar esse cineasta no primeiro ônibus espacial para Saturno que encotrarem pela frente.
O primeiro Nemesis foi produzido em 1992. E até 2013, Pyun foi insistindo em sequências cada vez mais canhestras que não acrescentam muitos elementos para a história e hoje servem apenas para mofar nas estantes das vídeo-locadoras.
Nêmesis na mitologia grega, dependendo da versão, era uma divindade irmã da deusa Têmis e filha da deusa Nix (a noite). Em português, o termo “nêmesis” designa “rival”, “inimigo” e etc.
O longa-metragem Nemesis, do Pyun, não tem nada a ver com a mitologia grega, pelo contrário, é um Blade Runner dos pobres, porém o protagonista descobre que os seus inimigos não são exatamente quem ele imagina ser.
O longa-metragem Nemesis, do Pyun, não tem nada a ver com a mitologia grega, pelo contrário, é um Blade Runner dos pobres, porém o protagonista descobre que os seus inimigos não são exatamente quem ele imagina ser.
A trama ocorre em uma Los Angeles do ano 2027, em que o policial Alex Rain (Olivier Gruner) é um ser metade humano, metade máquina. O objetivo do cara é enfrentar os Hammerheads, terroristas que, nesse cenário distópico, estão lá para deixar a sociedade mais caótica do que já está.
Ao dar prosseguimento na sua missão, Alex vai descobrindo uma intrigante rede de conspiração que faz o policial questionar o seu verdadeiro propósito. Inclusive há até um elemento que, anos mais tarde, foi utilizado em Matrix. Reparem no visual dos caras abaixo e depois me diga se o Neo não iria confundí-los com uma dupla de agentes a serviço das máquinas.
O elenco do filme conta com Tim Thomerson, que já trabalhou com Pyun em Dollman. Vale destacar também a presença de um jovem Thomas Jane, que nem imaginava que no futuro iria passar vergonha ao protagonizar Punisher, um dos heróis mais casca grossa do universo Marvel, mas que na pele do Thomas Jane teve a “árdua e perigosa missão” de enfrentar um John Travolta corno.
O roteiro de Nemesis foi escrito pela atriz britânica Rebbeca Charles, que já fez pequenas participações em vários trabalhos para TV. A trilha sonora ficou a cargo do músico Michael Rubini, que já trabalhou até mesmo com tresloucado (e genial) guitarrista Frank Zappa.
Nos anos seguintes, Albert Pyun voltou ao universo do Nemesis, no entanto as sequências se tornaram meros arremedos do original. São eles: Nemesis 2 - A Última Esperança (1995), Nemesis 3 - Prey Harder (1995), Nemesis 4 - Death Angel (1995) e o mais recente Cyborg Nemesis (2013), em que Albert Pyun, infelizmente (ou felizmente, você quem decide) resolveu voltar ao passado e revisitar duas de suas obras mais famosoas, o Cyborg e o próprio Nemesis.
Nemesis - O Exterminador de Androides
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