Definitivamente, The Walking
Dead é um time que está ganhando.
Um fenômeno tão inesperado quanto
saber que ninguém na DC/Warner assistiu o filme Demolidor.
E se o livro “A Ascensão do Governador” conseguiu superar as expectativas sendo um item de algum valor
na coleção dos nerdgores de tempos recentes, porque não redigir mais umas
linhas e aproveitar o oásis de sobrevivência do gênero zumbi criado nas HQs de Robert Kirkman?
Dessa vez, quem protagoniza não é
um rosto familiar.
Quem é foco no livro intitulado O Caminho para Woodbury é uma guria chamada Lilly Caul, repleta de uma
não-coragem muito arraigada, e que se não fosse pela presença do colega de cena
Josh Lee Hamilton seria protagonista por não mais que dez páginas de livro
antes de servir à dieta dos mortos
lentos coletivos.
Certo.
Até aí a história é chata pra caramba se depender dessa sinopse.
Até aí a história é chata pra caramba se depender dessa sinopse.
No geral, O Caminho para
Woodbury é mais uma história de sobrevivência, e em considerável parte não se
justifica a não ser enquanto produto entre temporadas do seriado televisivo.
No entanto, seu trunfo está em não sofrer do que “A Ascensão do Governador” não conseguia evitar que norteasse
boa parte dos fatos no caminho de seus personagens: nós já sabemos o futuro
desses caras. Sabemos quem morre e quem fica.
É verdade que os plot twists no
caso de “A Ascensão” devolvem alguma imprevisibilidade lá pros seus
finalmentes.
Só que em O Caminho para
Woodbury, à medida em que as coisas vão se desenrolando, o fato de todo
mundo ali parecer capanga mesmo quando está no núcleo protagonista faz com que
seja mais interessante e inóspita a jornada pela frente.
Também, o livro permanece fiel à
tradição oriunda dos quadrinhos da série, de que nada é problema maior no mundo
tomado por mortos querendo dilacerar carne humana pra fins alimentares, do que
pessoas reclamando, tendo ciúmes, sendo egoístas, ambiciosas, e os etc que
resultam em gente morrendo quando a situação está parecendo enfim tranquila.
Tá certo que dessa vez não há nenhuma jogada esperta do roteiro visando mindblowing, e logo depois de uma tensão
ascendente no segundo ato, a trama esfria e empalidece.
Porém, o anti-climático desfecho
apenas indica a aquisição de um cacoete do seriado de televisão, que visa ser
franquia antes de buscar ter novas informações essenciais pro desenvolvimento
do enredo e universo da série.
“O Caminho para Woodbury”
tem sim umas quantas qualidades, mas ser indispensável com certeza não é uma
delas.
The Walking Dead - O Caminho para Woodbury. Recomendado para: quem está muito angustiado na espera pelo
retorno da série de TV TWD, e não teve a perspicácia de direcionar o
nerdismo pra algo realmente imprescindível pra sua vida, tipo os
episódios finais do Breaking Bad.
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