Eu poderia praguejar aqui contra inúmeros filmes que gastam a fortuna do Eike Batista para se apoiarem mais em efeitos pirotécnicos do que em uma boa história, mas não. Deixe-os existirem, afinal, há espaço para tudo. O que importa mesmo é quanto o filme Gravidade consegue ser bacana fazendo muito com tão pouco.
A trama não apresenta grande arroubos de inovação e é, basicamente, uma história de sobrevivência em que a engenheira médica Ryan Stone (Sandra Bullock) em sua primeira missão espacial, ao lado do veterano Matt Kowalsky (George Clooney) no comando de seu último voo antes da aposentadoria, descobrem que ficarem diante da imensidão do espaço pode ser tão claustrofóbico e sufocante quanto dividir espaço com cinco elefantes em um elevador de serviço.
Em uma operação de rotina fora da nave, o desastre acontece. A nave é danificada e Stone e Kowalsky ficam à deriva no espaço, ligados um ao outro apenas por um cabo. Ao perceberem que as chances de resgate são nulas, o pânico aumenta. E aí o trabalho do diretor Alfonso Cuarón torna-se digno de nota, com uma bela fotografia mesclada a momentos de pura tensão.
Com uma trama tão simples (mas sem ser simplória) o filme não permite viradas mirabolantes e revelações de última hora. Por outro lado, apresenta brechas para a história explorar bem o lado humano dos personagens que, diga-se de passagem, são muito bem defendidos pela dupla de protagonistas.
Quanto vale:
Recomendado para: Aqueles que querem ver um filme com o vilão mais poderoso que já se viu: o cosmos infinito, tranquilo, escuro e silencioso.
Título: Gravidade
Diretor: Alfonso Cuarón
Ano de Lançamento: 2013
Tempo de Duração: 91 minutos
Gênero: Drama
Sign up here with your email