O Último Desafio


The Last Stand, lançado esse ano, foi batizado no Brasil com o título de O Último Desafio, nome comum que logo de cara entrega que esse é o típico longa-metragem que não surpreenderia se nos créditos tivesse o logotipo da famigerada Cannon Films.

Além de marcar o retorno de Arnold Schwarzenegger aos cinemas após se aventurar no mundo da política, essa produção é tudo aquilo que Mercenários 1 e 2 tentaram ser, mas devido a uma direção burocrática e excesso de protagonistas, acabaram por cagar miseravelmente fora da panela.

A sinopse acompanha um poderoso traficante que tem como meta fugir para a fronteira do México. Mas para o azar do meliante, no meio do caminho há um xerife. Sim, um xerife interpretado por, ora quem, o Schwarzenegger velho de guerra, eternamente careteiro e com frases de efeitos tão certeiras quanto os seus tiros estraçalhando miolos alheios.


As cenas de ação, executadas nos momentos certos e sem arroubos de vídeo clipe, equilibram os momentos de correria com instantes de mais calmaria. Mérito para o sul-coreano Kim Jee-Woon, que também é responsável por filmes como O Gosto da Vingança.

Nem mesmo a presença irritante do humorista (???) Johnny Knoxville interpretando ele mesmo é suficiente para estragar a trama. Aliás, bem que o roteiro poderia aproveitar bem mais mesmo era o personagem vivido por Rodrigo Santoro, que demonstrou ser menos superficial que o Knoxville. Mas enfim, se o século XXI queria um filme para resgatar aquele espírito despretensioso dos filmes acéfalos de ação da década de 80, o Último Desafio é uma boa pedida.

Recomendado para: Aqueles que, durante a infância, decoraram os diálogos do Comando para Matar mais rápido que um ator shakesperiano interpretando Hamlet.

Título: O Último Desafio
Direção: Kim Jee-Woon
Duração: 107 minutos
Gênero: Ação


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