Verdade seja dita: Ter as unhas arrancadas e os dentes quebrados a base de marteladas é um suplício menos doloroso que suportar os filmes do Uwe Boll. Graças a atrocidades como House of the Dead, Bloodrayne e mais algumas presepadas, esse cineasta (?) alemão é considerado um dos piores diretores ainda vivos. No entanto ele demonstrou alguns resquícios de qualidade, ainda que ínfimos, quando cometeu filmes como o Tunnel Rats e esse Rampage, lançado em 2009.
A trama de Rampage conta a história de um cidadão que, às vésperas de ser expulso da casa dos pais, veste uma armadura, pega armas de grosso calibre, sai pelas ruas da cidade e assim decide meter balas em toda e qualquer pessoa que encontra pela frente.
O que mais surpreende é que Boll filmou essa coisa com um certo domínio e esmero que são inexistentes na maioria dos seus trabalhos anteriores.
Obviamente que em determinados momentos o filme se torna cansativo e a matança toda deixa de ser algo violento e se torna uma mera desculpa para preencher o roteiro, mas é impossível negar a ousadia do alemão em mostrar um desfecho final onde não há lição de moral. Ainda mais em um século como esse em que vivemos, em que tragédias semelhantes realmente aconteceram.
Para o bem e para o mal, Rampage é até agora o “menos pior” filme do Uwe Boll.
Recomendado para: Apenas se você não tiver programas mais divertidos para fazer, tais como acompanhar uma emocionante disputa de bingo ou um jogo da sexta divisão do campeonato do Azerbaijão.
The Lords of Salem
Quando o Rob Zombie atua como músico ele executa um trabalho divertido, fazendo um thrash/heavy/death-techno-sei-lá-o-quê-metal perfeito para triturar miolos, sempre com um certo humor funesto e peculiar. Por outro lado, as produções cinematográficas cometidas por esse cidadão…
Zombie tem em sua “ficha criminal” de cineasta filmes como A casa dos 1000 corpos (chato!!) e a enfadonha refilmagem do clássico Halloween. Sendo assim, assisti sem altas expectativas esse seu The Lords of Salem, lançado em 2013 e, puta que pariu a minha sogra, que filmezinho irritante!!!
A trama apresenta uma ideia bacana, que mostra o que acontece quando uma música satânica, composta pelas bruxas da velha Salem, é executada por uma DJ nos tempos atuais. O problema é que esse argumento é desperdiçado em momentos que não dizem nada, com o filme desperdiçando tempo mostrando os devaneios oníricos e as viagens psicodélicas da protagonista.
Justiça seja feita: nesse longa-metragem é perceptível o cuidado com a fotografia, mas isso é pouco para uma história com um bom potencial.
Recomendado para: Neurologistas utilizarem como experiência em pacientes de insônia.
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