Transformers - A Era da Extinção (2014)


A partir do filme Transformers 2 - A Vingança dos Derrotados ficou bem claro que o diretor Michael Bay chutou de vez o balde, fazendo da referida franquia um apocalíptico encontro de explosões e metal retorcido. Portanto, tenho para mim que ninguém mais é incauto o suficiente para encarar tais filmes almejando encontrar ali uma história “cerebral” dotada de um alto teor artístico e filosófico. E analisando o filme como ele realmente é, uma desculpa para robôs gigantescos efetuarem um balé de destruição, esse quarto filme da franquia até que possui a sua dose de diversão. 

É salutar também levar em conta que as famigeradas sequências de ação já não parecem tão confusas quanto antes, mas no geral é apenas isso: destruição, explosões em doses cavalares e um humor bem rasteiro.


O nome do protagonista dos filmes anteriores, Sam Witwicky, em nenhum momento é lembrado. Agora entraram em cena um cientista vivido por Mark Wahlberg (!!) que juntamente com a filha adolescente (Nicole Peltz) e o namorado dela (Jack Reynor) encontram Optimus Prime em uma espécie de coma. Como o governo norte-americano pretende (e até com razão) eliminar os Autobots após os prejuízos (e põe prejuízos nisso!!) causados após sucessivas batalhas, cabe ao protagonista e sua família se unirem aos Autobots em confrontos que passarão por Chicago e pelo território asiático, lógico, em cenas regadas com os maiores espetáculos destrutivos que o dinheiro hollywoodiano pode produzir.

Com a exceção de algumas subtramas que estão lá com o reles intuito de encher murcilha, as cenas de ação são o maior atrativo desse filme, fazendo assim de Transformers - A Era da Extinção um longa-metragem puramente visual, há robôs para todos os gostos. Há robô barnudo, há robô-dinossauro, há robô correndo para tudo que é lado e, óbvio, há o líder Optimus Prime. A presença humana do filme tem um leve destaque graças ao personagem do Mark Wahlberg, que ainda consegue ter um mínimo de carisma. De resto, a única personagem que faria falta caso fosse esmigalhada por um robô desastrado seria a Nicole Peltz, mas apenas por ser gostosa, não por ser relevante.  


É inegável que as imagens de destruição são o principal atrativo, no entanto, as tais sequências de caos e balbúrdia, que até são bem divertidas, se tornam cansativas devido aos 165 minutos de projeção. 


Se o filme possuísse alguns minutos a menos não seria tão incômodo, já que após a nonagésima quinta explosão torna-se quase impossível não olhar para os lados e perguntar a si mesmo sobre os motivos de estar olhando aquilo tudo. Esse foi o principal erro de Michael Bay, se prolongar demais. De uma forma geral, é uma aventura descompromissada e que vai direto ao ponto: promover um show de caos e confusão.
 


Recomendado para: Quem quer ver mais uma vez boa parte da civilização ser reduzida a escombros.
 



Filme: Transformers - Age of Extinction
Direção: Michael Bay
Ano de Produção: 2014
Gênero: Aventura
Duração: 165 minutos (é sério!!!)
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