Top 10: Filmes de 2014 que Não valeram o Ingresso


Ninguém que acompanha o Satélite vai reclamar.
No dia em que eu publicar essa lista nos primeiros dos 365 dias é porque tem algo errado.
Então, nesse quase meio de 2015 está a celebração do que não necessariamente foi o pior (ainda que em alguns casos seja), mas sim foi o mais decepcionante, seja pelo marketing atrelado, ou por ser inesperado que conseguisse ser filme tão irrelevante.
Os premiados se seguem no decorrer em fila ordeira abaixo:


10 O Jogo da Imitação

Reincidindo na escolha de um drama com jeito de cult, mas voltado ao choro fácil e construção narrativa medíocre, a Academia optou por esse “O Jogo da Imitação” pelos mesmos critérios do “A Teoria de Tudo” (que só não figura nessa lista pela atuação do Redmayne).
Pros intentos dos jurados pode até ser que ele atenda o princípio de parecer cult, mas não alienando o público-médio que cada vez mais ignora o prêmio “Oscar”.
Só que a cada filme comum desses o que acontece é que menos relevância a premiação tem no ano seguinte.



9 No Olho do Tornado

As coisas pareciam excelentes pra carreira do Richard Armitage.
Afinal, ele era um dos rostos mais enquadrados na alongada franquia “O Hobbit”.
Mas então ele decidiu aproveitar os dividendos mais fáceis de obter com o reconhecimento, e participou desse punhado de efeitos especiais que se mostrou um blockbuster dos mais fuleiros, e que em nada beneficiou sua carreira.
Tudo bem.
Porque ainda havia “O Hobbit 3” pra manter sua popularidade alta e o nível de elogios alto, mas conforme as coisas aconteceram, o recente filme do Peter Jackson acabou não ajudando tanto assim.



8 Malévola

Sem gastar como se estivesse filmando o Avatar 3, é relativamente fácil faturar com um filme que
nem esse Malévola.
É fácil fazer um filme insosso do qual ninguém lembra.
Mas fazer um filme absolutamente desnecessário pro entretenimento humano mundial, já requer um mínimo de esforço.
Malévola é a maior bilheteria da carreira da Angelina Jolie, e sempre vai sempre ser um dos filmes indicados ao Oscar 2015.
Mas nada disso muda o desperdício de tempo que ele é pra quem assiste.


7 Êxodo: Deuses e Reis

Quanto tempo faz desde que Riddley Scott foi um nome agregador de expectativa de qualidade em um
filme?
Porque de épocas pra cá tudo que ele faz é que nem esse “Êxodo”, e se desfaz umas cenas depois que a projeção começa.
Êxodo” é repetição da fórmula desperdiçada antes em “Prometheus”, “Robin Hood”, e etc, e derrapa de modo igualmente irremediável.
Se no futuro não adicionarem o nome do Riddley Scott no cartaz ou nos trailers, é bem capaz de eu ir assistir com melhor expectativa.



6 O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

Bastou estrear “O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos” pro tanto de plateia que ainda não havia torcido o nariz pra franquia, se dividir entre os que perceberam que poderiam ter gastado bem menos tempo relendo o livro ficando apenas com uma boa lembrança da história, e os que acharam coisa mais graciosa o combo de “salvamentos esperados de última hora+romance lacrimejante” que Peter Jackson julgou por bem tornar o centro da trama adaptada da obra do Tolkien.
Errado desde as primeiras marketadas e jogadas oportunistas, a franquia “O Hobbit” deixou bem pouco positivo, além do saldo da conta dos envolvidos.
Pelo menos eles curtiram muito o resultado.



5 Noé



O exemplo desse “Noé” tem elementos em comum com o “Killers”.
Nada relacionado ao tema, ou algo do tipo.
E sim porque a decisão do Darren Aronofsky é por emendar elementos, invencionices, e reinvenções que só servem pra buscar bilheteria na base da polêmica.
Ficou nas costas dos comentários ruins arrastar mais gente pro cinema, incrédulos de que o cineasta de “Pi”, “Réquiem para um Sonho”, e “O Lutador” pudesse ter filmado algo tão merecedor de reclamação.
Funcionou e o filme faturou um troco.
Mas ainda assim é ruim pra caramba.



4 Killers



Era uma época salutar em que eu engrenei uma quantidade de filmes orientais de balaço na cara, e nada receosos de esquivar dos macetes de Hollywood.
Assistí-los só aumentaria o desapontamento quando o trabalho dos Mo Brothers se mostrou um bobageiro e maleporco intento de empregar o que se elogia no que o cinema oriental de ação tem providenciado.
Não apenas é um roteiro que escolhe “chocar” pra se fingir “transgressor”, e tentar ganhar pontos de alguém passando desatento na plateia por “tratar de temas polêmicos”, mas especialmente decide fazê-lo com incompetência e descaso com sua condução narrativa.
Espero que no caso de alguém assistir esse “Killers” já tenha assistido algum do Johnnie To, ou do Bong Joon-Ho, ou do Park-Chan Wook, porque daí a impressão negativa pode ser menor.



3 O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro



Engraçado que eu demorei tanto pra publicar esse referencial teórico de filmes ruins que agora esse remake do Homem-Aranha não tem importância nenhuma.
Não é que tenha tido tanta relevância antes, mas no momento ninguém quer mais saber do Peter Parker Garfield, ou do seu imbróglio com a Gwen Stacy Stone.
Bastou o personagem retornar aos braços cinematográficos do Marvel Studios pra ninguém mais ter a ousadia de defender essa indefensável franquia, que atingiu o seu ponto mais baixo com a patota de vilões empilhados contra o desenlace romântico do casal protagonista.
Melhor que seja desse forma, mesmo.



2 Robocop



Muita confiança foi por terra quando um dos poucos "remakes não-deploráveis desde o anúncio" finalmente aportou nos cinemas.
Não se sabe exatamente quem culpar nesse filme com todos os adereços de um filme B de locadora, mas orçamento de que produtor nenhum esperaria ser pouco multiplicado nas bilheterias.
Mas o cineasta José Padilha, responsável pelos impactantes Tropas de Elite, e que principalmente no segundo filme do Capitão Nascimento rivalizou com a qualidade e brutalidade dos filmes de ação sul-coreanos, viu o hype criado ruir por completo, sem nada que eu lembre aqui pra elogiar.
Melhor reassistir “Tropa de Elite 2”, esse sim um baita filme.



1 Caminhos da Floresta


Apesar de indicado ao Oscar 2015, “Caminhos da Floresta” figura na briga pelo topo na lista de “piores filmes já indicados a algum prêmio no Oscar”.
Ou já indicados a qualquer prêmio.
Um dos piores filmes que já assisti.
Um suplício em que nada se salva, e que resgata o que de pior existe nos blockbusters pretensiosos, e nos quais as firulas são mais importantes do que narrar uma migalha de história que seja.
Só isso.



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