O Sétimo Filho (2014)



Mesmo que no cartaz de “O Sétimo Filho” constem os nomes de Jeff Bridges, Julianne Moore, e de Kit “Jon Snow” Harington, não é pouca a desconfiança com esse filme que emula os trejeitos dos filmes de aventura heróica, tomados por bruxas, ogros, e cavaleiros enfrentando forças mágicas das trevas.
O longa-metragem do diretor Sergei Brodov narra uma daquelas aventuras em mundos de espada e magia, em que alguém tem que realizar uma jornada pra chegar em algum lugar e derrotar algum ser maléfico antes de alguma data fatídica em que o poder do mal será invencível.



Não é minha intenção com esse parágrafo acima soar desrespeitoso com tantos filmes que poderiam ser resumidos por essa sinopse, mas convenhamos, se dependesse apenas desse fiapo de roteiro, dificilmente alguém assistiria uma dessas obras até o final.

Em “O Sétimo Filho”, o personagem do Jeff Bridges tem sua própria jornada pra derrotar o ser ancestral maligno que é interpretado pela Julianne Moore, e mais uma vez repete o padrão de veterano e novato que ele já vivenciou antes com resultados desastrosos em "R.I.P.D.: Agentes do Além" (2013).
Dessa vez, são dois novatos: Kit Harington, e Ben Barnes (o protagonista do filme), e aqueles preâmbulos de aprendizado e etc, bem ao estilo "O Aprendiz de Feiticeiro" (2010), ou “Kingsman: O Serviço Secreto” (2015), pra variar não importam.
Isso porque da mesma forma que nos filmes que eu mencionei acima todas as peças do filme estão dispostas conforme o esperado, e cada elemento desempenha uma função previsível pra que o roteiro vá de um ponto a outro sem tropeços ou grandes dificuldades até que o CG tenha sua deixa.
No andar disso, o elenco integrado ainda pela Alicia Vikander (de "Ex Machina") não favorece em nada pra que “O Sétimo Filho” pareça algo além de um produto pensado pra ser entregue mastigado ao público, e com certeza não tem nem prós nem contras que o tornam digno de ocupar espaço na memória.


O Sétimo Filho” de certo modo pode ser chamado de “filme Sessão da Tarde”.
O tipo de produção que funcionaria bem melhor se fosse descoberta zapeando com o controle da TV, mas que pelo seu lançamento cheio de marketing forçado sofre com a necessidade de ser ao menos envolvente (ponto em que fracassa).
As caricaturas que são seus personagens, e a falta de surpresas na missão proposta, lacram o caixão do que não era pra ser, mas é com certeza um dos genéricos filmes que pra ter uma chance de não ser um total desapontamento, só se encontrado ao acaso na TV.
Mas ainda assim as chances são pequenas.


Quanto vale:


O Sétimo Filho. Recomendado para: fazer número na programação da TV a cabo.

O Sétimo Filho
(The Seventh Son)
Direção: Sergei Bodrov
Duração: 102 minutos
Ano de produção: 2014
Gênero: Aventura/Fantasia

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