Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015)



Sabe essas franquias que o cara disse que curte, mas quando para pra pensar percebe que só aprecia mesmo um ou dois filmes?
No meu caso isso se encaixaria no que se refere aos filmes Superman (do qual eu só considero bom filme mesmo o primeiro, de 1978), Exterminador do Futuro (apenas a fase do James Cameron), e também, é claro, Jurassic Park.
Por mais que sob efeito de muita boa vontade o segundo filme tenha uns pontos pra chegar na média, o destaque da franquia iniciada em 1993 é o primeiro longa-metragem, até hoje referencial nessa escalada dos efeitos CG até o seu momento de atual poderio.



Mas quem sabe por um interesse de não repetir a fórmula, as sequências parecem mais com arremedos. Quase como se fosse filmes similares gravados por outros estúdios pra aproveitar o embalo do trabalho do Steven Spielberg.
Tanto "O Mundo Perdido: Jurassic Park" (1997), quanto "Jurassic Park III" (2001) não chegam nem perto do clima de envolvimento do filme que originou a cinessérie, e tampouco se mostram marcantes quanto aos seus momentos de ação e efeitos especiais.
Mas nesse momento em que Mad Max, Robocop, e Exterminador do Futuro fizeram seus retornos (na maior parte nada que se chame de triunfal), esse "Jurassic World" tinha tudo pra passar despercebido, faturando o bastante pra se manter, mas sumindo da mídia após umas poucas semanas.
O que se viu foi um recorde de bilheteria após outro, e um novo fôlego pra franquia.



No entanto, desde a apresentação dos personagens, não parece haver nada que fez parte dos esquecíveis segundo e terceiro filmes.
É tudo objetivamente criado pra ser um filme-família.
O elenco segue a cartilha escolhida em 1993 e seja a dupla de irmãos interpretados pelo Ty Simpkins (aquele guri que garantiu uns trabalhos a mais graças à sua participação  em Homem de Ferro 3), e o Nick Robinson, ou os atritos de desfecho óbvio entre a Bryce Dallas Howard, e o Chris Pratt nada foge à regra de permanecer no esperado, até mesmo nos relacionamentos entre os personagens principais, que devem se conhecer previamente, ou por parentesco, ou por algum encontro mal-sucedido do passado.
Afinal, a melhor aposta pra resultado nas bilheterias não está nos personagens, e sim nos dinossauros.
O parque, agora um empreendimento de êxito sob a tutela financeira do audacioso Masrani (Irrfan Khan), e no qual as falas seguidamente reverenciam o primeiro parque, recebe cerca de 20 mil visitantes todos os dias, e vive os desafios de surpreender um público acostumado às criaturas jurássicas tal qual uma visita ao zoológico.
E devido a esse desafio de aumentar a escala (semelhante ao que vive o próprio cinema blockbuster) que surge um novo personagem: o Indominus Rex.



O experimento genético logo precisa sair do controle, e catalisar destruição, carnificina, e gritaria, e isso é parte do entretenimento proposto, sem dúvida.
As cenas de ação contam com os efeitos críveis que sustentam o tom aventuresco da produção, e com a criatura que não destoa do tom do filme. Muito pelo contrário: é o Indominus Rex uma adição importantíssima pro sucesso do longa-metragem.
É nesse ponto que a diversão pipoca funciona sem se perder, porque se em algum momento parece excessivo, é parte do jogo que assim o seja.


Dessa forma, Velociraptors adestrados (ainda que de intenções questionáveis), embates do Indominus Rex com outros dinossauros, e uma revoada de répteis voadores são parcela do que o diretor Colin Trevorrow sabe que vai representar uma sessão de cinema ágil, e na qual os eventuais problemas do roteiro pouco importam.
Isso porque, mesmo que a empatia do primeiro filme ainda não seja repetida, os acertos das cenas dinâmicas sendo recriados já é mais que suficiente pra ninguém sair reclamando da sala de cinema.
Jurassic World entrega exatamente o que se espera de um arrasa-quarteirões multimilionário destinado ao bilhão de dólares, com direito a um vilão clichê interpretado pelo Vincent D'Onofrio, o cientista interpretado pelo BD Wong na produção de 1993, e muitas outras referências pra quem assistiu o primeiro Jurassic Park em VHS, e depois em alguma das reprises da TV.
Não pelo seu roteiro, mas pela bilheteria que alcançou, Jurassic World gravou seu lugar na História do cinema, ainda que o mais importante pros seus realizadores é que agora ninguém vai acusá-los de insistir em uma franquia decadente, quando surgirem os trailers do próximo filme.


Quanto vale:


Jurassic World. Recomendado para: alimentar a competição com os filmes de heróis no cinema blockbuster.


Jurassic World
(Jurassic World)
Direção: Colin Trevorrow
Duração: 124 minutos
Ano de produção: 2015
Gênero: Ação/Aventura

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1 comentários:

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16 de fevereiro de 2018 às 19:42 delete

Os atores fazem o máximo que podem com suas atuações, mas fez falta darem espaço para outros personagens, porque chega a ficar cansativo ver sempre os mesmos na tela, falar da Katie Mcgrath significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. O mesmo aconteceu com esta produção que é dos melhores filmes 2017, Rei Arthur a Lenda da Espada que estreará em TV para mim é um dos grandes filmes de Hollywood.

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