Top 5+5: Filmes do fim do mundo (ou sobre o que restou dele)

O Ibaldo selecionou 5 filmes essenciais que não podem faltar nesse evento tão importante que é o fim do mund (confira CLICANDO AQUI). Como o Satélite Vertebral capta ondas dos locais mais recônditos do mundo virtual, selecionei 5 filmes que podem até não ser exemplos de qualidade artística, mas refletem a paranoia que a humanidade possui em relação ao fim dos tempos.

Os famosos filmes pós-apocalípticos, que são aquelas produções que mostram o que resta da sociedade civilizada após o acontecimento de uma grande catástrofe, seja ela uma guerra nuclear, a queda de um meteoro, o aquecimento global ou um show da Lady Gaga, tiveram o seu auge durante a Guerra Fria.
Abaixo cito 5 produções que constituem esse subgênero cinematográfico. Particularmente, optei por algumas obras mais obscuras que pouca gente viu, ou se viu, não quer admitir ou não se recorda.

The last man on Earth (1964)
Estrelado por Vincent Price, aqui no Brasil esse longa-metragem recebeu o nome de Mortos que matam. A história, baseada em um livro de Richard Matheson, narra a história de um cara que sobreviveu a uma praga global e passa a se defender dos humanos infectados, que são uma espécie de vampiros que temem a luz e se alimentam de sangue. Esse filme teve uma refilmagem em 1971 protagonizada por Charlton Heston, gerou também uma paródia dos Simpsons e foi refilmado novamente em 2007, tendo como protagonista o Will Smith. Não duvido que, enquanto o mundo existir, alguém decida refilmá-lo de novo.


O menino e o seu cachorro (1975)
Baseado no romance de Harlan Ellison, o filme conta a história de um guri que, em pleno ano 2024, perambula a esmo em busca de comida e água potável, já que a humanidade foi devastada por uma guerra nuclear. Para completar, o fiel companheiro do rapazote é um cachorro chamado Blood e que possui poderes telepáticos!
Dirigido por L.Q. Jones, esse filme tem um dos finais mais corajosos que eu já vi.



Mad Max - The Road Warrior (1981)
Tá certo que a franquia Mad Max iniciou em 1979, mas é essa segunda parte que se tornou uma das referências em filmes distópicos. Dirigido por George Miller, todos os elementos presentes nesse longa-metragem foram utilizados em vários filmes posteriores. Só para citar alguns, Mad Max 2 tem o protagonista solitário, tem deserto, violência e vilões vestidos com roupinhas de couro que parecem ter sido compradas na promoção de uma sex shop.

Em Mad Max 2, depois de uma guerra entre nações por causa de petróleo, o planeta Terra se tornou um local sem lei onde o bem mais valioso é apenas um: gasolina.



She (1982)
She é uma fábula trash pós-apocalíptica, uma espécie de “Mágico de Oz” do futuro, uma espécie de... Sei lá, só assistindo mesmo para descrever o que é esse filme. Os cenários e os trajes aqui presentes são tão toscos que não seriam usados nem mesmo no teatrinho infantil do meu sobrinho. A história é a seguinte: Em um futuro pós-apocalíptico, dois irmãos tentam resgatar a irmã mais nova das garras de um chefe tribal. Para realizar tal intento, eles contam com ajuda de uma líder guerreira conhecida como “She”. Durante a jornada os protagonistas enfrentam vários perigos. Alguns perigos são tão absurdos que o espectador então desiste de tentar levar a sério e embarca na viagem dando boas gargalhadas.
Quem interpreta She é a atriz Sandhal Bergman, que durante os anos 80 apareceu em filmes como Conan, O Bárbaro e Red Sonja.


Robot Holocaust (1986)
Robot Holocaust é tão hediondo (e tão divertido) que qualquer um que o assiste se sente encorajado para fazer um longa-metragem, pois sabe que dificilmente conseguirá produzir algo tão nefasto. Esse filme chegou a ser exibido no extinto Cine Trash, programa da TV Bandeirantes.
Esse filme, que é uma produção norte-americana, chegou a passar em alguns cinemas na Itália, porém no resto do mundo, tal produção foi direto para vídeo.
A sinopse fala sobre uma rebelião de robôs ocorrida em 2033 e que resultou em um vazamento radioativo. Nesse futuro caótico os poucos seres humanos sobreviventes são dominados por robôs e governados por um ser maligno chamado The Dark One. O fascínora controla a humanidade porque tem poder sobre o oxigênio contaminado do planeta. A equação é simples: enquanto as pessoas lhe obedecem, ele deixa o ar purificado; mas ao menor sinal de revolta, desliga os filtros e todo mundo começa a sufocar com o ar contaminado!
O tal Dark One apenas não desliga o seu purificador de ar porque precisa dos seres humanos, que são usados como fontes de energia. Aliás, esse conceito de “raça humana como combustível” foi utilizado mais tarde em (advinhem!) Matrix. Como se não bastasse, ainda há outra coincidência: Surge entre os sobreviventes um guerreiro chamado Neo que possui poderes telepáticos e não sente os efeitos do gás venenoso.
 

Quando o assunto é filme pós-apocalíptico há muito material. Na Itália, por exemplo, surgiram várias produções do gênero, Caçadores de Atlântida é apenas um dos títulos oriundos no país em forma de bota. Em um futuro (apocalíptico ou não) talvez tais filmes estejam presentes aqui no Satélite Vertebral, junto com O Livro de Eli, Cyborg - O Dragão do Futuro e Waterworld (que é um Mad Max na água protagonizado pelo Kevin Costner).
Aguardem o próximo fim do mundo...
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