Nova semana, nova lista.
Dessa vez, tudo que foi visto, lido, assistido, conferido, etc e tal em 2012, ainda que não seja lançamento de 2012, e que de algum modo representou algo além do esperado pela equipe do Satélite Vertebral.
A primeira parte da lista é de minha responsabilidade, pelo fato de haver sugerido o tema da semana, e assim sendo, os 5 estão abaixo:
Breaking Bad
Bueno.
A lista deveria incluir o que lemos/assistimos em 2012, e não necessariamente só o que foi lançado na véspera do fake fim do mundo.
A lista deveria incluir o que lemos/assistimos em 2012, e não necessariamente só o que foi lançado na véspera do fake fim do mundo.
Assim sendo, posso incluir este achado que foi com tamanho atraso o assistimento do seriado que retrata a a transformação de um pai de família respeitado, em um cozinheiro de metanfetamina.
O humor que eu me esforcei em vão pra que existisse no parágrafo anterior é algo costumeiramente presente e funcional nesse seriado criado pelo Vince Gilligan e que já angariou um monte de prêmios merecidamente.
De certo modo, a leveza com que certos momentos são mostrados completa perfeitamente a trajetória do protagonista, Walter White (Bryan Cranston), que vai aprendendo e mudando de maneira gradativa enquanto chafurda mais no soreteamento de suas próprias mentiras.
Tudo muito bem contado e envolvente.
E sem deixar os moralismos tirarem aquele algo mais da série, que, é claro, mostra os aspectos negativos do segundo emprego do Sr. White, ainda que não o faça de forma gratuita ou forçada.
Lembrando que estou recém na terceira temporada, então sei que ainda vai haver bastante que assistir da carreira profissional do protagonista e de seu cúmplice interpetrado pelo Aaron Paul, antes da de conferir a quinta e última temporada que se encontra em hiato.
Mas até aqui, é muito da ousadia que tem faltado nos seriados blockbusters em que os desmembramentos substituem a criatividade.
O humor que eu me esforcei em vão pra que existisse no parágrafo anterior é algo costumeiramente presente e funcional nesse seriado criado pelo Vince Gilligan e que já angariou um monte de prêmios merecidamente.
De certo modo, a leveza com que certos momentos são mostrados completa perfeitamente a trajetória do protagonista, Walter White (Bryan Cranston), que vai aprendendo e mudando de maneira gradativa enquanto chafurda mais no soreteamento de suas próprias mentiras.
Tudo muito bem contado e envolvente.
E sem deixar os moralismos tirarem aquele algo mais da série, que, é claro, mostra os aspectos negativos do segundo emprego do Sr. White, ainda que não o faça de forma gratuita ou forçada.
Lembrando que estou recém na terceira temporada, então sei que ainda vai haver bastante que assistir da carreira profissional do protagonista e de seu cúmplice interpetrado pelo Aaron Paul, antes da de conferir a quinta e última temporada que se encontra em hiato.
Mas até aqui, é muito da ousadia que tem faltado nos seriados blockbusters em que os desmembramentos substituem a criatividade.
Os Quadrinhos Nacionais e o Crowdfunding
Meses atrás, conversando com um colega quadrinhista foi discutido a respeito da presente cena de HQs nacionais.
"Em expansão, mas até quando?", ele perguntou.
"Em expansão, mas até quando?", ele perguntou.
Eu em minha torcida pra que houvesse cada vez mais obras de qualidade consolidando esse momento, tive o privilégio de acompanhar uma nova alternativa viabilizar várias novas obras.
E se quando eu ouvi falar do Achados e Perdidos, do Eduardo Damasceno e do Luis Felipe Garrocho, e conversei com o Indio San e o dMart, durante o lançamento do Um Outro Pastoreio, ainda era uma ilustre novidade pra mim esse tal de financiamento colaborativo, tenho acompanhado ultimamente vários projetos de HQs, os quais muitas vezes migram dos webcomics para o suporte impresso por meio de sites que nem o Catarse, o que é o exemplo de O Beijo Adolescente, com roteiro e arte do Rafael Coutinho.
Assim, o número de lançamentos e qualidade dos mesmos tem crescido, mas o que supreende positivamente é a grande adesão do público ao investir nesses novos lançamentos.
E se alguns deles nos quais eu colaborei via Catarse e que já recebi as edições (Ryotiras Omnibus, do Ricardo Tokumoto; e Onde Meu Gato Senta, do Pedro Leite) é perceptível logo de cara que o resultado final não deve em nada ao que é publicado pelas grandes editoras, outros vários estão em andamento (dentre eles, alguns que estão ainda com prazo aberto para contribuição do público são: Tools Challenge, do Max Andrade; Combo Rangers, do Fabio Yabu; Freddy and Jason Have Fun, do Rafael Koff), de estilos diferentes e sem toda aquela obrigação de ser o que tem vendido nas bancas.
Nos motivos de eu desistir de colecionar as formulaicas HQs heroísticas das bancas, está muito do que me motiva (e imagino que motive outros) a preferir comprar uma obra que pode ignorar os padrões convencionados para ser mainstream.
O que posso dizer é que isso é pelo menos promissor.
E se quando eu ouvi falar do Achados e Perdidos, do Eduardo Damasceno e do Luis Felipe Garrocho, e conversei com o Indio San e o dMart, durante o lançamento do Um Outro Pastoreio, ainda era uma ilustre novidade pra mim esse tal de financiamento colaborativo, tenho acompanhado ultimamente vários projetos de HQs, os quais muitas vezes migram dos webcomics para o suporte impresso por meio de sites que nem o Catarse, o que é o exemplo de O Beijo Adolescente, com roteiro e arte do Rafael Coutinho.
Assim, o número de lançamentos e qualidade dos mesmos tem crescido, mas o que supreende positivamente é a grande adesão do público ao investir nesses novos lançamentos.
E se alguns deles nos quais eu colaborei via Catarse e que já recebi as edições (Ryotiras Omnibus, do Ricardo Tokumoto; e Onde Meu Gato Senta, do Pedro Leite) é perceptível logo de cara que o resultado final não deve em nada ao que é publicado pelas grandes editoras, outros vários estão em andamento (dentre eles, alguns que estão ainda com prazo aberto para contribuição do público são: Tools Challenge, do Max Andrade; Combo Rangers, do Fabio Yabu; Freddy and Jason Have Fun, do Rafael Koff), de estilos diferentes e sem toda aquela obrigação de ser o que tem vendido nas bancas.
Nos motivos de eu desistir de colecionar as formulaicas HQs heroísticas das bancas, está muito do que me motiva (e imagino que motive outros) a preferir comprar uma obra que pode ignorar os padrões convencionados para ser mainstream.
O que posso dizer é que isso é pelo menos promissor.
Os Vingadores
Pra falar a verdade, nenhum trailer do ansiado épico Marvel havia me convencido.
Claro que não ajudou em nada quando eu ouvi que Avengers seguiria o padrão dos crossovers da Casa das Ideias, com os brucutus se desentendendo a princípio e depois decidindo que seriam amigos por toda eternidade em prol da justiça e da paz mundial, até um reboot ou novo crossover abalar essa fraternidade.
Claro que não ajudou em nada quando eu ouvi que Avengers seguiria o padrão dos crossovers da Casa das Ideias, com os brucutus se desentendendo a princípio e depois decidindo que seriam amigos por toda eternidade em prol da justiça e da paz mundial, até um reboot ou novo crossover abalar essa fraternidade.
As cenas do Hulk estavam legais, mas na totalidade, parecia apenas mais um filme de HQs, com ação e dinheiro pra bancar CG.
O que eu vi no cinema, no entanto, foi um entendimento pleno do que por tanto tempo foi narrado nos quadrinhos.
E nem a "regra" da moda de ser sombrio, e "realista" fez Joss Whedon optar por outro caminho divergente dos uniformes coloridos e sagas repletas de embates memoráveis, fossem físicos ou verbais.
Felizmente, a competência do roteiro do diretor trouxe um ritmo envolvente à narrativa, tornando os momentos entre as sensacionais sequências de destruição algo a rememorar, diferente do padrão dos blockbusters que fizeram por tanto tempo o cinema de ação sinônimo de acefalia.
Os Vingadores consegue ser entretenimento com inteligência, sem tentar fingir ser intelectualóide, e abraçando a origem nas HQs com a dedicação de um fã em fazer jus aos personagens e autores que tem a responsabilidade de adaptar.
Os Vingadores - Crítica Completa
O que eu vi no cinema, no entanto, foi um entendimento pleno do que por tanto tempo foi narrado nos quadrinhos.
E nem a "regra" da moda de ser sombrio, e "realista" fez Joss Whedon optar por outro caminho divergente dos uniformes coloridos e sagas repletas de embates memoráveis, fossem físicos ou verbais.
Felizmente, a competência do roteiro do diretor trouxe um ritmo envolvente à narrativa, tornando os momentos entre as sensacionais sequências de destruição algo a rememorar, diferente do padrão dos blockbusters que fizeram por tanto tempo o cinema de ação sinônimo de acefalia.
Os Vingadores consegue ser entretenimento com inteligência, sem tentar fingir ser intelectualóide, e abraçando a origem nas HQs com a dedicação de um fã em fazer jus aos personagens e autores que tem a responsabilidade de adaptar.
Os Vingadores - Crítica Completa
Solanin
HQs sobre música não são necessariamente a coisa mais comum do mundo. Também não dá pra dizer que são algo assim raríssimo e tal.
E na verdade, Solanin não é estritamente sobre música. Tem muito rock'n roll mas o que importa mesmo é o drama dos protagonistas.
Claro que falando assim pode parecer meio chato ler a HQ relatando o cotidiano do casal que sonha em viver de música mas tem que conviver com o dia-a-dia em empregos convencionais.
Ainda assim, posso garantir que o uso da palavra "genial", nesse caso, não é nenhum exagero.
O trabalho do quadrinhista Inio Asano é daqueles que de tão competente em transmitir o que se propõe, deixa no leitor a mesma sensação de amargura que permeia a desiludida vidinha dos seus personagens.
Apesar de eu já aguardar faz anos pra ler essa HQ, nem minha mais otimista expectativa se comparava ao que foi ler o desfecho do segundo e derradeiro volume da série lançado pela Editora LP&M. Na realidade, todo o segundo volume é uma aula de quadrinhismo em que o autor mostra que pra uma obra conseguir alcançar o leitor é preciso muito mais do que desenhos impecáveis (e os desenhos do autor são realmente perfeitos).
Enfim, um dos melhores lançamentos quadrinhísticos em 2012 e que passou despercebido por muita gente.
Nada mais justo do que estar nessa lista.
Ainda assim, posso garantir que o uso da palavra "genial", nesse caso, não é nenhum exagero.
O trabalho do quadrinhista Inio Asano é daqueles que de tão competente em transmitir o que se propõe, deixa no leitor a mesma sensação de amargura que permeia a desiludida vidinha dos seus personagens.
Apesar de eu já aguardar faz anos pra ler essa HQ, nem minha mais otimista expectativa se comparava ao que foi ler o desfecho do segundo e derradeiro volume da série lançado pela Editora LP&M. Na realidade, todo o segundo volume é uma aula de quadrinhismo em que o autor mostra que pra uma obra conseguir alcançar o leitor é preciso muito mais do que desenhos impecáveis (e os desenhos do autor são realmente perfeitos).
Enfim, um dos melhores lançamentos quadrinhísticos em 2012 e que passou despercebido por muita gente.
Nada mais justo do que estar nessa lista.
O Segredo da Cabana
Joss Whedon de novo na lista.
Por mérito.
Sam Raimi prestes a revisitar a fórmula do "jovens que vão se divertir em um fim-de-semana quando coisas terríveis estão prestes a acontecer" no novo Evil Dead, e antes disso, Whedon co-roteiriza uma obra-prima do cinema de terror (ou terrir, se lhe apetece), juntamente com Drew Goddard.
Com ritmo ágil, e mais ideias do que clones nas guerras clônicas, bastou ao também diretor Drew Goddard caprichar na tarefa de contar a historia dos estereotipos que vão enfrentar o sobrenatural na cabana do título.
Óbvio que em clima de homenagem, e é mais fácil para os entendedores do cinema de horror perceber a variedade de personagens, filmes e autores que são mencionados, mas nada que estrague o divertimento do espectador inteligente que busca entretenimento idem.
Em um gênero de cinema saturado que nem esse, desconstrução é um bom caminho.
Já era hora de alguém perceber isso.
Por mérito.
Sam Raimi prestes a revisitar a fórmula do "jovens que vão se divertir em um fim-de-semana quando coisas terríveis estão prestes a acontecer" no novo Evil Dead, e antes disso, Whedon co-roteiriza uma obra-prima do cinema de terror (ou terrir, se lhe apetece), juntamente com Drew Goddard.
Com ritmo ágil, e mais ideias do que clones nas guerras clônicas, bastou ao também diretor Drew Goddard caprichar na tarefa de contar a historia dos estereotipos que vão enfrentar o sobrenatural na cabana do título.
Óbvio que em clima de homenagem, e é mais fácil para os entendedores do cinema de horror perceber a variedade de personagens, filmes e autores que são mencionados, mas nada que estrague o divertimento do espectador inteligente que busca entretenimento idem.
Em um gênero de cinema saturado que nem esse, desconstrução é um bom caminho.
Já era hora de alguém perceber isso.
Pois é isso.
Agora, aguardemos a lista do Fernando.
Até.
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