A Panini costuma tomar decisões simplesmente incompreensíveis de tempos em tempos. Geralmente isso é algo terrível para os colecionadores de quadrinhos (cadê o Demolidor do Mark Waid?), mas em raros momentos somos agraciados com surpresas positivas. Provando mais uma vez ter um carinho especial com a Vertigo (linha adulta de histórias em quadrinhos), a editora colocou nas bancas e livrarias brasileiras a edição definitiva da obra prima Orquídea Negra, escrita pelo mestre da arte sequencial Neil Gaiman.
A obra foi escrita originalmente em 1988, sendo o primeiro trabalho do autor para a DC. Assim como sua futura obra prima Sandman, Gaiman reformula personagens antigos que ninguém dava a mínima e insere neles uma abordagem mais adulta, colocando-os para interagir com rico universo da editoria. A personagem principal é a Orquídea Negra, coadjuvante antiga da Supergirl que nem origem definitiva possuía Após um acontecimento trágico no início da obra ela morre, sua alma renasce em um misto de mulher e planta e ela parte em uma jornada de autoconhecimento.
Não basta a história ser uma obra prima, ter a narrativa literária do Gaiman em sua melhor forma e contar com Dave McKean - desenhista das capas de Sandman - na arte, a Panini ainda dá um auxílio no preço. O volume único de 180 páginas e capa dura custa apenas 25 dilmas. Para ter uma ideia, cada edição definitiva de Sandman custa seis vezes esse preço. Mais que recomendado.
CURTAS
- SPOILER - Má como é que pode uma coisa dessas, Batman? Mais um Robin foi comer capim pela raíz. Damian Wayne era o filho de Bruce e o melhor menino prodígio que já passou pelas histórias do cavaleiro das trevas, mas nem isso foi suficiente para sobreviver. O polêmico autor Grant Morrison deu um fim na vida do pobre garoto na revista Batman Inc. 8, colocando para enfrentar um clone seu e levando a pior. Damian era o quarto Robin oficial na história da DC e é o segundo a morrer, já que Jason Todd levou uma surra de pé-de-cabra do Coringa e faleceu junto com sua mãe na famosa história A Death in the Family, de 1989. A propósito, Jason ressuscitou em 2005, após um Superboy de uma terra paralela dar socos na parede da realidade (?). Sério. Juro que não estou inventando.
- Calma, calma sua piranha - anda circulando recentemente uma foto no Facebook mostrando o Wolverine beijando o herói Hércules. Não, a Marvel é safada mas não ao ponto de mudar a sexualidade de um dos seus principais heróis. O personagem em si é o Coronel Howlett, um Wolverine de uma realidade alternativa (assim como o Hércules) que pertence a equipe dos Extreme X-Men e sempre foi gay. Aliás, a revista é de dezembro do ano passado, não faço ideia de como foi surgir apenas agora.
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