Top 5 + 5 + 5: Artes marciais na cultura pop (Parte final)


Cada vez mais sazonal, mas ainda assim com um grau mínimo requerido de dedicação ao blog exigido nas entrevistas bimestrais do RH do Satélite, enfim a terceira parte do Top 5+5+5.
De todo modo, fui forçado ao ler a Parte 1 publicada pelo Fernando a modificar 60% da minha lista.
Ainda assim, eis ela (ou ei-la, talvez).

Quem apostou que isso não aconteceria agora tem contas a pagar:



O Grande Mestre (Yip Man, 2008)
Os tempos são outros.
Agora, filme de artes marciais é ou gente voando poeticamente ou mais um fetiche tarantinesco.
Claro que isso é generalizar um tanto, mas ao menos isso é o que atestam os cartazes dos últimos filmes de luta que estamparam os cinema próximos da sua casa.
Ainda assim, lá dos recônditos rincões do Oriente sempre pode surgir um novo filme de intentos mais simples.
É o caso desta cinebiografia do mestre de ninguém mais ninguém menos que: Bruce, O Lee.
Pois o diretor Wilson Yip recrutou um outro lendário artista marcial do cinema, Donnie Yen, pra interpretar o mestre Yip Man, que em épocas de ocupação japonesa na República Chinesa foi figura fundamental na hora de seu povo mostrar resistência às forças da nação vizinha.
Caprichado por demais nas cenas de luta, Donnie Yen comprova porque é o ator marcial preferido de 14 dentre 10 fãs hardcore deste gênero cinematográfico esquecido em épocas de câmeras lentas e finais em aberto pra parecer cult.
Até porque seria estupidez deixar em câmera lenta as sequências de luta que compõem com realismo espantoso um dos melhores filmes de luta dos últimos tempos.
O filme teve inclusive uma sequência digna e de valor.



Filmografia Bruce Lee
Eu poderia gastar meu tempo tentando decidir qual dos filmes do mestre do Jeet Kune-Do deveria constar nesta lista.
Mas optei pelo caminho brasileiro e incluí de vereda todas as obras estreladas pelo cara.
Assistam todos de uma vez e liquida a situação. Vai ser um mês e meio bem investido e válido em vossas vidas.
Especialmente indicado pra quem acredita que Tarantino criou as artes marciais em Kill Bill, e pra confirmar que Chuck Norris não é de nada (quem sabe das coisas vai entender do que eu tô falando).




The Raid: Redemption (Serban Maut, 2011)
Em se tratando de pancadaria efervescente em porções indigestas para os fãs do cinema formulaico de redenção ou pseudo-intelectualidade, poucas vezes uma obra conseguiu ser tão eficiente no seu propósito de entreter à base de soco e joelhada na cara.
O longa-metragem do diretor Gareth Evans é desses que se assiste a 1 hora e tanto sem perceber o tempo passar.
A trama é de uma simplicidade comovente, e acompanha um pelotão da polícia de Jacarta em uma missão que envolve esculachar com o cartel de um poderoso chefão do tráfico, invadindo pra isso um prédio de 20 andares controlado pelo figura.
A situação acaba saindo do controle, ainda bem, e com isso resta um espetáculo de ação que faria Stallone e Shwuarzszenneggher voltarem a cogitar aposentadoria.
Simples entretenimento de eficácia certeira.





Kung Fusão (Kung Fu Hustle, 2004)
Primeiro filme que eu assisti do diretor, ator, roteirista, coreógrafo de lutas, produtor e cara do cafezinho, Stephen Chow.
Essa sua empreitada é regada a base de esperteza, humor com cara de anime bom, efeitos especiais competentes, e uma cara de pau que transita entre a genialidade e a canastrice compreendendo que muitas vezes são lados da mesma moeda.
Assim, ele presta seus respeitos ao cinema de luta que assistiu em tenra idade, e faz dinheiro sem deixar de agradar os fãs dos salutares longa-metragens realizados pra que os carismáticos personagens pudessem desferir golpes às custas de motivações bem menos complexas do que explodir (ou evitar explodir) bombas de nêutrons que não afetam homens-morcego.
Diversão de alto nível sem depender da opinião de jurado ranheta do Oscar pra ser bom.



Kunf Fu Futebol Clube (Shaolin Soccer, 2001)
Segundo filme que eu assisti do diretor, ator, roteirista, coreógrafo de lutas, produtor e manobrista, Stephen Chow.
Nesta sua obra lançada anteriormente a Kung-Fusão, Stephen Chow explora com exímia audácia o contexto futebolístico pra elaborar desculpas excelentes pra que os jogadores ponham em prática conhecimentos shaolin em prol de cenas absurdas e magistrais.
Ignorar a física e cagar pro realismo é o primeiro passo para apreciar as partidas, em que os melhores animes são emulados com o auxílio de efeitos especiais a contento, e senso de humor apurado.
Sem dúvida um dos melhores filmes no âmbito do futebol já filmados.


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