Top 5 - Jogos com forte direção artística

Este post vai fugir um pouco dos assuntos recorrentes na órbita deste satélite. Não que eles tenham se esgotado, o que é impossível de acontecer, apenas pelo simples prazer de fugir da zona de conforto de vez em quando.

Existem aproximadamente um fantasquilhão de definições para o que é arte. Digamos que levo em conta, neste e em outros posts, aquela que defende que arte é algo que desperta alguma reação no seu receptor. É um conceito abrangente, mas ajuda a elimina aquela discussão absurda de que alguma forma de arte é superior a outra, tão inútil quanto discutir se o Tony Stark é mais foda que o Bruce Wayne (todo mundo sabe que ele é).

Nesse top 5 destaco jogos que se descatam no quesito artístico, seja pelos seus gráficos, pelo som ou por alguma outra característica marcante. Optei por colocar jogos mais desconhecidos e/ou independentes, fugindo dos blockbusters. Esse é o motivo de jogos como Shadow of the Colossus ou Portal, por exemplo, ficarem de fora.

5) Superbrothers: Sword & Sworcery EP



S&S é um jogo lançado em 2011 para iOS, Android, PC, Mac e Linux, e custa entre 5 e 8 dólares. O que chama a atenção nessa pérola são os gráficos, que se utilizam dos pixels dos videogames antigos para criar paisagens belíssimas. Além disso, a trilha sonora é primorosa, particamente exigindo fones de ouvido para aproveitamento completo da experiência do jogo. Cada elemento que voce toca, seja um arbusto ou uma poça d'água, traz um som diferente. Sensacional.

Superbrothers: Sword & Sworcery EP, auto intitulado como music inspired adventure videogame, conta a (infelizmente curta) história de uma aventureira que libera um mal antigo no planeta ao ir atrás de um livro proibido. O sistema de jogo é aquele point and click clássico. Absolutamente recomendado.



4) Minecraft



Não tem muito o que falar de Minecraft, talvez o mais famoso jogo desta lista. Lançado em 2009 para Xbox 360 e PC, conta com um mundo aberto que permite a construção de literalmente qualquer coisa com os blocos dos quais o universo de Minecraft é feito.

O que se destaca aqui é a liberdade para construir qualquer coisa. Tipo, qualquer coisa. Mesmo. Tem maluco que recria jogos como Ocarina of Time e Skyrim dentro do Minecraft. Só jogar no youtube para ver.



3) Bastion



Bastion foi aquele tipo de jogo que baixei naquele "vai que é bom" e se transformou numa das melhores apostas do meu ano passado. O jogo é um rpg de ação lançado em 2011 para Xbox, PC e iOS estilo os The Legend of Zelda antigos, e custa atualmente R$ 3,50 no Steam. Conta a jornada de um garoto sem nome que tenta reconstruir a cidade de Caelondia após uma misteriosa calamidade ter a destruído.

Tem tanta coisa boa nesse jogo que é difícil de expor. Primeiro, revolucionou por ter um narrador que literamente narra cada ação sua, não importa o que você faça. Segundo, o mundo do jogo é construído a cada passo que você dá, o que traz um efeito bem bacana. Terceiro, a história é absolutamente primorosa, sem deixar pontas soltas, e conta com diversos momentos que você tem que tomar decisões que influenciam no final do jogo. Não há nenhum certo ou errado, apenas o que você escolhe fazer. Por fim, tenho até hoje algumas músicas da trilha sonora guardadas para serem escutadas no dia a dia, de tão boas que são.

Impossível recomendar mais. Por esse preço atual, não há desculpas para não ser jogado.



2) Braid



Braid deveria ser jogado por qualquer um. Existem podcasts, discussões em fóruns, postagens de outros blogs, e tudo o que mais possa ter, apenas sobre este jogo e o seu final. A reviravolta da última fase é absurdamente genial (sem ser forçada), ficando na cabeça por muito tempo após sua conclusão.

Além desse final memorável, Braid tem diversas outras qualidades. Foi idealizado e desenvolvido por apenas um cara, chamado Jonathan Blow, e lançado em 2008 para Xbox 360, após 3 anos de desenvolvimento. A ideia dele era, nas suas palavras, desconstruir as tendências dos video games da época, criando algo que juntasse um complexo desafio com questões morais e filosóficas. Os cenários chamam a atenção por serem pintados a mão, e servem como elemento importante para a mensagem do jogo.

Na sua essência conta a história de um cara chamado Tim tentando salvar a princesa de um vilão, mas é uma experiência metafórica sobre um relacionamento fracassado - pelo menos foi o que eu entendi. Tem maluco que relaciona até com a criação da bomba atômica. Tim pode controlar o tempo, e todos os desafios das fases funcionam em torno dessa sua habilidade (ou vontade de voltar atrás e corrigir seus erros com a princesa).

O jogo também está disponível hoje para PCs, PS3 e PSVita.



1) Limbo



Limbo é uma experiência única que é difícil de descrever. Basicamente você controla um personagem sem nome que entra num local que você não sabe qual é para procurar a sua irmã. Isso é tudo da história que o jogo te conta. A falta quase que total de trilha sonora contrasta com a falta de informações e com a palheta acizentada de cores. Até os controles são simples, já que você só pode andar e pular.

Tudo isso faz parte da atmosfera deste jogo de plataforma. Não é apenas o protagonista que está sozinho, você também está, já que não entende quase nada do que acontece e morre incontáveis vezes até aprender a superar cada desafio. Procurar dicas na internet é um pecado para esse jogo - você realmente precisa passar por tudo sozinho.

Limbo é um jogo independente lançado em 2010 para Xbox 360 e mais tarde portado para PC, PS3, PSVITA e iOS, custando entre 10 e 20 reais.


Previous
Next Post »