Lá pelos idos de 1701 e 1703, o Japão vivia sob um regime feudal. Nessa época, reza uma conhecida lenda que 47 samurais foram forçados a se tornarem ronin quando o senhor feudal deles foi obrigado a cometer, como diria o Chapolin Colorado, o honorável harakiri (famoso ritual de suicídio existente na antiga tradição nipônica). Após esse fatídico acontecimento, o grupo então parte em busca de vingança.
A lenda dos 47 ronin é carregada de valores como honra e lealdade, dois ingredientes muito importantes que servem como tempero para várias histórias candidatas a invadirem o inconsciente coletivo da humanidade, visto que desde a Ilíada de Homero aos westerns do Sergio Leone que tais valores permeiam roteiros e motivações dos personagens.
Agora essa história dos ronin chega mais uma vez aos cinemas e tem Keanu Reeves no elenco. Não é a primeira vez que o cinemão mainstream aponta os seus holofotes para a terra do sol nascente e coloca um nome famoso para viver uma aventura épica nos temos do Japão feudal. Isso já ocorreu também quando Tom Cruise viveu O Último Samurai, lembram?
O elenco do novo candidato a épico conta com, além do Keanu Reeves, nomes do porte de Tadanobu Asano (Zatoichi), Rinko Kikuchi (Babel), Hiroyuki Sanada (o Dogen de Lost) e Kou Shibasaki (Battle Royale).
Quem ficou a cargo do roteiro foi Chris Morgan, que foi o responsável por trazer a franquia Velozes Furiosos aos eixos novamente depois de derraparem no terceiro filme.
Pelo visual estiloso de algumas cenas desse mais recente filme dos ronin, é possível aferir que o longa-metragem possui efeitos especiais que são um verdadeiro colírio para os olhos. A embalagem é mesmo muito atraente, no entanto só resta saber mesmo se o conteúdo também será aproveitável. Para conferir o resultado, vale esperar até o dia 27 de dezembro, que é quando essa produção, dirigida por Carl Eric Rinsch, vai estrear no Brasil.
A respeito da história em que o longa-metragem é baseado, não é a primeira vez que ela será transportada para a tela grande. A lenda dos 47 ronin, que possui os mesmos contornos trágicos de algum épico grego, já rendeu alguns filmes e também história em quadrinhos.
Em tempo: Ronin são aqueles samurais que, por algum motivo, são condenados a não possuírem senhor feudal e passam a andar a esmo, fazendo pequenos freelas em troca de comida e um lugar para morar. Ronin significa literalmente homem-onda e designa um sujeito que anda sem destino.
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