Todo bom filme de golpe é dependente de uma trinca de elementos pra ser um filme legal.
A saber: um elenco possuidor de carisma, um ritmo narrativo bem fluído, e uma mutreta bem amarrada.
Outros subgêneros cinematográficos podem se dar ao luxo de, mesmo sem se preocupar muito com as coisas e só arremedar outros filmes, ainda ser algo aceitável.
No entanto, em um filme de golpe, ou conforme iremos chamar aqui, um filme de mutreta, parecer com outro filme diminui em muito a chance de o cara pelo menos assistir até o final.
A saber: um elenco possuidor de carisma, um ritmo narrativo bem fluído, e uma mutreta bem amarrada.
Outros subgêneros cinematográficos podem se dar ao luxo de, mesmo sem se preocupar muito com as coisas e só arremedar outros filmes, ainda ser algo aceitável.
No entanto, em um filme de golpe, ou conforme iremos chamar aqui, um filme de mutreta, parecer com outro filme diminui em muito a chance de o cara pelo menos assistir até o final.
No filme "Golpe Duplo" ("Focus", no título original), dos diretores Glenn Ficarra e John Requa, o ator Will Smith traz pra si um dos três fatores, que é de representar seu protagonismo com carisma.
Ele interpreta Nicky "Mallow" um bem-sucedido golpista, que sempre manja umas infinitas formas de surrupiar dinheiro dos outros sem que a pessoa perceba logo (ou nunca).
É uma espécie de ciência pra ele. Um emprego bem-remunerado ao qual ele se dedica, e no qual está prestes a ganhar uma nova aprendiz na equipe de funcionários.
Esse personagem novo seria Jess (interpretada pela Harlequina, Margot Robbie), sendo que as decisões do roteiro com relação a ela vão ditar o que será o filme.
No caso, um filme de mutreta com elementos de romance.
Se seguem sequências em que toda a maestria da mutretagem da equipe do protagonista rende bons dividendos, e o tal ritmo narrativo é eficaz, sem chegar a ser um desbunde pela perícia ou algo assim.
É só divertido o suficiente pra continuar assistindo mais uns minutos, na espera de um gancho realmente interessante.
Ele interpreta Nicky "Mallow" um bem-sucedido golpista, que sempre manja umas infinitas formas de surrupiar dinheiro dos outros sem que a pessoa perceba logo (ou nunca).
É uma espécie de ciência pra ele. Um emprego bem-remunerado ao qual ele se dedica, e no qual está prestes a ganhar uma nova aprendiz na equipe de funcionários.
Esse personagem novo seria Jess (interpretada pela Harlequina, Margot Robbie), sendo que as decisões do roteiro com relação a ela vão ditar o que será o filme.
No caso, um filme de mutreta com elementos de romance.
Se seguem sequências em que toda a maestria da mutretagem da equipe do protagonista rende bons dividendos, e o tal ritmo narrativo é eficaz, sem chegar a ser um desbunde pela perícia ou algo assim.
É só divertido o suficiente pra continuar assistindo mais uns minutos, na espera de um gancho realmente interessante.
Afinal de contas, uma etapa importante em um filme de mutreta é quando as coisas saem do controle.
Uma pena que em "Golpe Duplo" as coisas nunca saiam realmente do controle.
Toda vez que se pensa que o personagem do Will Smith vacilou, que é uma rateada, e que a partir dali precisará correr pra tentar reverter um quadro desfavorável, simplesmente existe uma carta na manga mostrando que desde o início tudo era calculado friamente. Inclusive a expressão de apavoro na hora, é só lorota.
É só efeito imediato, em que o espectador assiste na esperança de que enfim o longa-metragem saia da etapa de apresentação, em que afirma que os caras tem o domínio do que fazem, pra apresentar um real desafio.
Quase como se "Golpe Duplo" fosse um amontoado de curta-metragens, cada um sendo voltado a uma mutreta diferente, em que ela se resolve por si só, e não requer continuidade da história.
E sendo muito voltado pro humor, até mais do que o automático modo de atuar do experiente Will Smith, ou a personagem acessório interpretada pela Margot Robbie em algo que só seria boa atuação se ela revelasse estar sendo dissimulada o tempo todo, quem acaba ganhando espaço são os coadjuvantes Farhad interpretado pelo Adrian Martinez, e o inveterado interpretado pelo BD Wong.
Além da dupla Smith/Robbie, o terceiro ator que é mencionado em trailers e cartazes é o Rodrigo Santoro, que existe no enredo pra um limitado propósito, e não sei por escolha de quem, é apenas canastrice. O ator que ficou conhecido mundialmente pela sua atuação em "300", e "300: A Ascensão de um Império", é limitado pelo que o roteiro lhe cedeu em suas linhas, mas também soa desinteressante pela própria atuação, além do desfecho apresentado.
Uma pena que em "Golpe Duplo" as coisas nunca saiam realmente do controle.
Toda vez que se pensa que o personagem do Will Smith vacilou, que é uma rateada, e que a partir dali precisará correr pra tentar reverter um quadro desfavorável, simplesmente existe uma carta na manga mostrando que desde o início tudo era calculado friamente. Inclusive a expressão de apavoro na hora, é só lorota.
É só efeito imediato, em que o espectador assiste na esperança de que enfim o longa-metragem saia da etapa de apresentação, em que afirma que os caras tem o domínio do que fazem, pra apresentar um real desafio.
Quase como se "Golpe Duplo" fosse um amontoado de curta-metragens, cada um sendo voltado a uma mutreta diferente, em que ela se resolve por si só, e não requer continuidade da história.
E sendo muito voltado pro humor, até mais do que o automático modo de atuar do experiente Will Smith, ou a personagem acessório interpretada pela Margot Robbie em algo que só seria boa atuação se ela revelasse estar sendo dissimulada o tempo todo, quem acaba ganhando espaço são os coadjuvantes Farhad interpretado pelo Adrian Martinez, e o inveterado interpretado pelo BD Wong.
Além da dupla Smith/Robbie, o terceiro ator que é mencionado em trailers e cartazes é o Rodrigo Santoro, que existe no enredo pra um limitado propósito, e não sei por escolha de quem, é apenas canastrice. O ator que ficou conhecido mundialmente pela sua atuação em "300", e "300: A Ascensão de um Império", é limitado pelo que o roteiro lhe cedeu em suas linhas, mas também soa desinteressante pela própria atuação, além do desfecho apresentado.
"Golpe Duplo" é empurrado pra frente pela expectativa de que seus roteiristas e diretores tenham algo diferente pra apresentar, além da ostentação do quanto seus protagonistas sabem conduzir o golpismo sem empecilhos.
Mas essa expectativa sempre desencadeia algo frustrante.
É razoavelmente divertido em etapas isoladas, porém insuficiente quando visto o todo.
A fraude, ou mutreta, no filme é a falta de credibilidade que o filme transparece quando se percebe que alguém esqueceu que pra tornar quase duas horas de cinema interessantes, seria necessário ir além do que foi mostrado na primeira meia hora.
Mas essa expectativa sempre desencadeia algo frustrante.
É razoavelmente divertido em etapas isoladas, porém insuficiente quando visto o todo.
A fraude, ou mutreta, no filme é a falta de credibilidade que o filme transparece quando se percebe que alguém esqueceu que pra tornar quase duas horas de cinema interessantes, seria necessário ir além do que foi mostrado na primeira meia hora.
Quanto vale:
Golpe Duplo. Recomendado para: quem estiver em busca de um filme para plateias pouco exigentes.
Golpe Duplo
(Focus)
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Duração: 105 minutos
Ano de produção: 2015
Gênero: Comédia/Romance
Golpe Duplo
(Focus)
Direção: Glenn Ficarra, John Requa
Duração: 105 minutos
Ano de produção: 2015
Gênero: Comédia/Romance
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