Sabe
essas franquias que o cara disse que curte, mas quando para pra
pensar percebe que só aprecia mesmo um ou dois filmes?
No meu
caso isso se encaixaria no que se refere aos filmes Superman (do qual
eu só considero bom filme mesmo o primeiro, de 1978), Exterminador
do Futuro (apenas a fase do James Cameron), e também, é claro, Jurassic Park.
Por
mais que sob efeito de muita boa vontade o segundo filme tenha uns
pontos pra chegar na média, o destaque da franquia iniciada em 1993 é o primeiro longa-metragem, até hoje referencial nessa escalada
dos efeitos CG até o seu momento de atual poderio.
Mas
quem sabe por um interesse de não repetir a fórmula, as sequências
parecem mais com arremedos. Quase como se fosse filmes similares
gravados por outros estúdios pra aproveitar o embalo do trabalho do
Steven Spielberg.
Tanto "O Mundo Perdido: Jurassic Park" (1997), quanto "Jurassic Park III" (2001) não chegam nem perto do clima de
envolvimento do filme que originou a cinessérie, e tampouco se
mostram marcantes quanto aos seus momentos de ação e efeitos
especiais.
Mas
nesse momento em que Mad Max, Robocop, e Exterminador do Futuro
fizeram seus retornos (na maior parte nada que se chame de triunfal),
esse "Jurassic World" tinha tudo pra passar despercebido, faturando o
bastante pra se manter, mas sumindo da mídia após umas poucas
semanas.
O que
se viu foi um recorde de bilheteria após outro, e um novo fôlego
pra franquia.
No
entanto, desde a apresentação dos personagens, não parece haver
nada que fez parte dos esquecíveis segundo e terceiro filmes.
É
tudo objetivamente criado pra ser um filme-família.
O
elenco segue a cartilha escolhida em 1993 e seja a dupla de irmãos
interpretados pelo Ty Simpkins (aquele guri que garantiu uns trabalhos a mais graças à sua participação em Homem de Ferro 3), e o
Nick Robinson, ou os atritos de desfecho óbvio entre a Bryce Dallas Howard, e o Chris Pratt nada foge à regra de permanecer no
esperado, até mesmo nos relacionamentos entre os personagens
principais, que devem se conhecer previamente, ou por parentesco, ou
por algum encontro mal-sucedido do passado.
Afinal,
a melhor aposta pra resultado nas bilheterias não está nos
personagens, e sim nos dinossauros.
O
parque, agora um empreendimento de êxito sob a tutela financeira do audacioso Masrani (Irrfan Khan), e no qual as falas seguidamente
reverenciam o primeiro parque, recebe cerca de 20 mil visitantes todos
os dias, e vive os desafios de surpreender um público acostumado às
criaturas jurássicas tal qual uma visita ao zoológico.
E
devido a esse desafio de aumentar a escala (semelhante ao que vive o
próprio cinema blockbuster) que surge um novo personagem: o
Indominus Rex.
O
experimento genético logo precisa sair do controle, e catalisar
destruição, carnificina, e gritaria, e isso é parte do
entretenimento proposto, sem dúvida.
As
cenas de ação contam com os efeitos críveis que sustentam o tom
aventuresco da produção, e com a criatura que não destoa do tom do
filme. Muito pelo contrário: é o Indominus Rex uma adição
importantíssima pro sucesso do longa-metragem.
É
nesse ponto que a diversão pipoca funciona sem se perder, porque se
em algum momento parece excessivo, é parte do jogo que assim o seja.
Dessa
forma, Velociraptors adestrados (ainda que de intenções
questionáveis), embates do Indominus Rex com outros dinossauros, e
uma revoada de répteis voadores são parcela do que o diretor Colin Trevorrow sabe que vai representar uma sessão de cinema
ágil, e na qual os eventuais problemas do roteiro pouco importam.
Isso
porque, mesmo que a empatia do primeiro filme ainda não seja
repetida, os acertos das cenas dinâmicas sendo recriados já é mais
que suficiente pra ninguém sair reclamando da sala de cinema.
Jurassic
World entrega exatamente o que se espera de um arrasa-quarteirões
multimilionário destinado ao bilhão de dólares, com direito a um
vilão clichê interpretado pelo Vincent D'Onofrio, o cientista
interpretado pelo BD Wong na produção de 1993, e muitas outras
referências pra quem assistiu o primeiro Jurassic Park em VHS, e
depois em alguma das reprises da TV.
Não
pelo seu roteiro, mas pela bilheteria que alcançou, Jurassic World
gravou seu lugar na História do cinema, ainda que o mais importante
pros seus realizadores é que agora ninguém vai acusá-los de
insistir em uma franquia decadente, quando surgirem os trailers do
próximo filme.
Quanto
vale:
Jurassic
World. Recomendado para: alimentar a competição com os filmes de
heróis no cinema blockbuster.
Jurassic
World
(Jurassic
World)
Direção: Colin Trevorrow
Duração: 124 minutos
Ano de
produção: 2015
Gênero:
Ação/AventuraSign up here with your email
1 comentários:
Write comentáriosOs atores fazem o máximo que podem com suas atuações, mas fez falta darem espaço para outros personagens, porque chega a ficar cansativo ver sempre os mesmos na tela, falar da Katie Mcgrath significa falar de uma grande atuação garantida, ele se compromete com os seus personagens e sempre deixa uma grande sensação ao espectador. O mesmo aconteceu com esta produção que é dos melhores filmes 2017, Rei Arthur a Lenda da Espada que estreará em TV para mim é um dos grandes filmes de Hollywood.
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