Muitos falam na potência cinematográfica norte-americana, nos filmes de entretenimento, no poderio hollywoodiano, em breves palavras, muitos falam no “cinemão arrasa quarteirão”, mesmo. Mas enfim, que monstro é esse chamado Hollywood, que desperta rompantes de amor e ódio? Como ele vive? De quê (ou de quem) ele se alimenta?
Para compreender melhor como funcionam as entranhas dessa criatura, o jornalista Peter Biskind lançou o livro Easy Riders, Raging Bulls: How the Sex-Drugs-and Rock 'N Roll Generation Saved Hollywood, que apesar do título tão longo quanto uma cena em câmera lenta de algum filme do Lars Von Trier, aborda de forma simples, e até com certas doses de humor, as aventuras da geração de cineastas surgida entre 1970-80 nos Estados Unidos.
Pode-se afirmar que esse livro, escrito em 1998, mas ainda assim bem atual, é uma interessante investigação sobre a gênese do atual cinema mainstream.
Em 520 páginas, Biskind revisita um dos períodos mais excitantes da história do cinema, que tem início com o lançamento do filme Sem Destino, no final da década de 60, e termina com Touro Indomável, já nos anos 80.
Baseado em centenas de entrevistas com diretores, produtores,,atores, agentes, roteiristas, executivos, esposas, ex-esposas, namoradas, ficantes, encostos, seja lá o que for, esse é um dos relatos mais completos acerca daquele universo comandado por jovens cineastas ainda em início de carreira.
Naquela época, o estilo de filmar dos europeus era evidente nos Estados Unidos. Nesse cenário, gente do porte de Francis Ford Coppola, Robert Altman, Martin Scorcese, entre outros, buscavam espaço para criar uma identidade própria. Essa turminha do barulho (desculpem o trocadilho infame) acabou por se afundou nas drogas e na megalomania, abrindo espaço na década de 80, para os ditos filmezinhos “sessão da tarde”, ou os famigerados blockbusters, como hoje são chamados.
O autor dividiu o trabalho em capítulos que mostram o que aconteceu em cada ano. Além dos significados e reações de cada filme, o jornalista procurou detalhar a vida dos diretores e como essa origem influenciou as suas obras cinematográficos.
Existe também um documentário chamado Easy Riders, Raging Bulls (dirigido por Kenneth Bowser e escrito pelo próprio Peter Biskind) que fala sobre a geração old is cool do cinema norte-americano. Essa geração que viveu o seu apogeu nos anos 70, época em que Steven Spielberg brincava com o seu tubarão e George Lucas construía navezinhas espaciais.
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